Ocorrido se deu em 1º de outubro, quando o avião que transportava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua comitiva enfrentou dificuldades técnicas logo após a decolagem no México
William Oliveira Publicado em 12/10/2024, às 08h59
Dez dias após o incidente envolvendo a aeronave presidencial, a Força Aérea Brasileira (FAB) ainda não definiu um prazo para concluir a investigação em curso. O ocorrido se deu em 1º de outubro, quando o avião que transportava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua comitiva, retornando do México para o Brasil, enfrentou dificuldades técnicas logo após a decolagem.
A aeronave em questão, um Airbus A319CJ, foi obrigada a sobrevoar a capital mexicana por cerca de cinco horas. Este procedimento visava reduzir o peso da aeronave ao consumir combustível, permitindo, assim, um pouso seguro no mesmo aeroporto de origem.
Em resposta aos questionamentos da imprensa, a FAB informou que uma equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) esteve no México para coletar e analisar os dados relativos ao voo.
"A investigação da ocorrência aeronáutica segue em andamento, e não há prazo para conclusão, pois depende da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes", afirma o comunicado oficial.
Adicionalmente, não houve esclarecimento por parte da Aeronáutica quanto à necessidade de substituição do motor da aeronave ou sobre os reparos realizados até o momento.
Renovação Frota
O presidente Lula relatou na última sexta-feira (11) que já havia percebido um ruído incomum na pista do aeroporto mexicano. "O avião estava com um ronco diferente e trepidava muito", afirmou em entrevista à rádio O Povo/CBN. Ele aproveitou a oportunidade para reiterar sua defesa pela aquisição de novas aeronaves destinadas ao transporte presidencial e ministerial.
Essa visão é compartilhada pelo comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno, que também advoga pela substituição do atual avião presidencial. Segundo Damasceno, é essencial contar com uma aeronave que ofereça maior autonomia de voo e espaço adequado para as necessidades governamentais.
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