O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou neste domingo (27) que a articulação de parte minoritária de integrantes do PSDB que querem tirá-lo da
Redação Publicado em 27/03/2022, às 00h00 - Atualizado às 15h26
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou neste domingo (27) que a articulação de parte minoritária de integrantes do PSDB que querem tirá-lo da disputa presidencial na eleição de 2022 é um “golpe” e uma “tentativa torpe, vil, de corroer a democracia e fragilizar” o partido.
O governador paulista foi o vencedor das prévias realizadas pela legenda em novembro de 2021, mas uma parte do partido rejeita que ele seja o candidato da legenda ao Palácio do Planalto.
Esse grupo articula desde o início do ano uma substituição do nome dele na disputa, conforme publicado pelo blog da jornalista Natuza Nery, da GloboNews.
“Diante de prévias realizadas com o amparo da Justiça Eleitoral, com investimentos também registrado na Justiça Eleitoral – foram R$ 10 milhões investidos para que o partido fizesse suas prévias – as prévias valem. Qualquer outro sentimento diferente disso é golpe. Uma tentativa torpe, vil, de corroer a democracia e fragilizar o PSDB”, afirmou o tucano em coletiva de imprensa na capital paulista.
“O PSDB fez prévias homologadas pelo Tribunal Superior Eleitoral. As prévias foram realizadas durante três meses em todo o Brasil. 44 mil eleitores do PSDB em todo o Brasil votaram. Houve a homologação do resultado num ato celebrado em Brasília com os três candidatos que disputaram: o senador Arthur Virgílio, o governador Eduardo Leite e eu, com a presença do presidente nacional do PSDB. Portanto, as prévias têm validade”, completou.
Para concorrer à presidente da República, Doria tem até o dia 2 de abril para deixar o cargo de governador de São Paulo e se dedicar integralmente à campanha presidencial desse ano, conforme manda a lei eleitoral.
No lugar dele assumirá o vice Rodrigo Garcia, que já foi confirmado pelo PSDB como pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes.
Em evento em SP no último dia 21 de março, Doria já havia anunciado que deixaria o Palácio dos Bandeirantes.
“No próximo dia 2 eu deixo o cargo de governador, e o Rodrigo Garcia vai dar continuidade, nas mesmas circunstâncias, mesmo objetivo, mesmo comportamento, mesma eficiência, mesma altivez, mesma compaixão e mesmo rigor na manifestação pela igualdade e contra discriminação”, disse Doria durante evento de lançamento de uma cartilha de orientação ao comércio para enfrentamento do racismo nas relações de consumo.
O governador de São Paulo, João Doria, ao lado do vice-governador Rodrigo Garcia, ambos do PSDB. — Foto: Secom/GESP
A situação de um vice assumir o cargo de governador de São Paulo enquanto também é candidato ao posto já aconteceu anteriormente no passado.
Em 2018, por exemplo, Márcio França (PSDB) se tornou governador quando Geraldo Alckmin, então no PSDB, renunciou ao cargo para concorrer ao Palácio do Planalto. Nem um dos dois foi eleito nas eleições daquele ano.
O próprio Alckmin, que era vice de Mário Covas em 1998, também assumiu o governo naquele ano. Covas tentava a reeleição ao mesmo cargo, mas decidiu deixar o posto devido à dificuldade de governar e fazer a campanha ao mesmo tempo.
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G1
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