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Dirceu propõe mudança na Constituição para permitir três mandatos consecutivos do PT no poder

O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, defende a reeleição de Lula e propõe um pacto com o Congresso e empresariado, afirmando que o atual mandatário é o único em "condições de liderar" o país

José Dirceu e Lula. - Imagem: Divulgação /  Ricardo Stuckert
José Dirceu e Lula. - Imagem: Divulgação / Ricardo Stuckert

Marina Roveda Publicado em 10/05/2023, às 08h45


O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu defendeu a ideia de que o projeto do Partido dos Trabalhadores (PT) seja executado em três mandatos consecutivos na Presidência, com a reeleição de Lula em 2026. Em entrevista à RedeTV!, ele afirmou que 4 anos de governo são insuficientes para executar políticas de longo prazo e que o Brasil precisa fazer 100 anos em ciência, tecnologia e educação em apenas 10 anos. O ex-chefe da Casa Civil ressaltou que não está pensando em um governo do PT, mas em um governo que tenha um projeto para o país e que pense no desenvolvimento nacional.

No entanto, ao longo da campanha eleitoral, Lula afirmou que não tentaria a reeleição caso ganhasse o pleito. Mas após a posse, ele mudou o discurso e admitiu que poderia tentar um quarto mandato se “estiver com saúde”. Para Dirceu, Lula é o único em "condições de liderar" o país.

Dirceu destacou que a execução das políticas de longo prazo pensadas pelo governo exige um pacto do governo com o Congresso e também com a iniciativa privada, uma vez que vai abrir uma janela de oportunidades no mundo para o Brasil. Ele acredita que o país precisa adotar uma série de medidas para aproveitar essas oportunidades e evitar a perda de possibilidades, em função de crises internacionais.

O ex-chefe da Casa Civil também defendeu Lula nos embates com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, acerca da taxa de juros fixada em 13,75% ao ano. Para Dirceu, o petista “tem toda a razão” em criticar a autoridade monetária e a resistência de Campos Neto em baixar a Selic configura “quase um crime de responsabilidade”.

Ao final da entrevista, quando questionado sobre seus problemas com a Justiça, Dirceu disse que foi condenado “sem provas” no mensalão e que a Lava-jato transformou-se em um “processo de exceção sumária e político”.

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