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Blinken deixa claro para Lula seu posicionamento sobre Gaza

Secretário de Estado dos EUA esteve com o presidente Lula nesta quarta-feira (21), no Palácio do Planalto

Antony Blinken e Lula. - Imagem: Divulgação / Ricardo Stuckert - Presidência da República
Antony Blinken e Lula. - Imagem: Divulgação / Ricardo Stuckert - Presidência da República

Marina Milani Publicado em 22/02/2024, às 11h01


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, se encontraram em uma reunião marcante nesta quarta-feira (21) para discutir temas cruciais, incluindo a busca pela paz na Faixa de Gaza e os desafios das eleições na Venezuela. O Palácio do Planalto foi o cenário desse encontro de cerca de duas horas, que reuniu representantes de ambos os governos.

No entanto, o diálogo não foi isento de divergências, especialmente em relação aos comentários recentes feitos por Lula sobre a situação em Gaza. Durante uma visita à Etiópia no último domingo (20) o presidente brasileiro comparou a ação de Israel na região ao Holocausto, gerando controvérsias. Blinken aproveitou a oportunidade para expressar a discordância dos Estados Unidos em relação a essas declarações.

Após a reunião, a embaixada dos Estados Unidos divulgou um relatório destacando os principais temas abordados. Um dos focos foi o compromisso dos EUA com a busca pela resolução do conflito em Gaza, com ênfase na libertação de reféns, assistência humanitária e proteção dos civis palestinos. Apesar de ter sido o único ponto mencionado no relatório, o encontro entre Blinken e Lula ocorreu em meio à polêmica gerada pelos comentários do presidente brasileiro.

Além disso, Blinken elogiou o papel do Brasil na crise entre Venezuela e Guiana, ressaltando os esforços do governo brasileiro para mediar as tensões decorrentes de um plebiscito promovido pelo governo venezuelano. O secretário também abordou as eleições na Venezuela, previstas para este ano, reforçando a posição dos EUA de que o regime de Maduro deve seguir o roteiro eleitoral de Barbados para garantir eleições presidenciais competitivas em 2024.

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