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Violência

Vídeo mostra pastor pedindo a morte de eleitores de esquerda e ameaçando grávidas

O autor do crime de ódio também exigiu intervenção militar contra resultado das eleições

O episódio aconteceu em um ato antidemocrático em Recife (PE) - Imagem: reprodução/Twitter @delucca
O episódio aconteceu em um ato antidemocrático em Recife (PE) - Imagem: reprodução/Twitter @delucca

Mateus Omena Publicado em 17/11/2022, às 15h39


Um homem auto-intitulado pastor e capitão gerou revolta nas redes sociais recentemente após declarar que deseja a morte de eleitores de partidos de esquerda. O agressor também chegou a fazer ameaças contra mulheres grávidas.

A cena foi gravada na última quarta-feira (16), em um ato antidemocrático com apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), no Recife, em Pernambuco.

Em um video compartilhado no Twitter, o pastor aparece usando uma farda militar e dicursou trechos da Bíblia para incitar o assassinato de pessoas que apoiam partidos e movimentos de esquerda. Seus ataques tiveram como principais alvos os eleitores do Partido dos Trabalhadores (PT) e PSOL.

Em seguida, ele também dirigiu sua fúria para todas as mulheres grávidas que, segundo ele, carregam o próprio mal no ventre.

“Na Bíblia, em Samuel, fala que Deus mandou que Samuel fosse até Saul e ungisse Saul como rei. E Ele disse a Saul: ‘ataque a malequita e mate todos inclusive as mulheres grávidas, transpasse a barriga com a espada, porque ali está o filho do demônio’”, declarou.

E acrescentou: “Nós temos que entender que esse povo do PT e do PSOL que vier para a rua são filhos do demônio. Eu sou um pastor, sou um capelão, sou um capitão. Sou armamentista e vou pegar em armas, porque esses demônios, vou matar todos eles”, finalizou.

Além dos crimes de ódio, o pastor também disse que não aceita o resultado das eleições presidenciais de 2022, que foram marcadas pela vitória de Lula (PT) e a derrota do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na gravação, o homem também pediu por uma intervenção militar contra o presidente eleito.

Apesar da polêmica, o autor das falas agressivas não teve sua identidade revelada.

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