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Crueldade

Vereador atira em cachorro de criança de 2 anos por motivo revoltante

A família da menina esclarece o quadro de saúde do animal

O crime aconteceu em Itajá (GO) - Imagem: Reprodução/TV Globo
O crime aconteceu em Itajá (GO) - Imagem: Reprodução/TV Globo

Mateus Omena Publicado em 08/12/2022, às 13h41


O vereador Heder Alves Cruvinel (PSDB) foi preso na última terça-feira (6) suspeito de atirar no cachorro de uma menina de 2 anos, em Itajá, no sul de Goiás.

De acordo com a TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo, a avó da criança contou que a neta está sofrendo muito e teme pela morte do animal. O cachorro ficou cego de um olho e está internado numa clínica para se recuperar.

O advogado Paulo Assis, que defende o vereador, declarou, em nota, que o disparo se deu em momento de desespero, porque o cachorro atacava uma criação de porquinhos-da-índia do parlamentar, dentro da casa dele.

O delegado Nicolas Alvarenga, responsável pelas investigações, explicou que o vereador foi preso por maus-tratos, crime inafiançável e que prevê pena de 2 a 5 anos de prisão.

"Em depoimento, ele disse que atirou para proteger uma criação de porquinhos da índia, que teria sido atacada pelo cachorro. Aparentemente foi usada uma arma de chumbinho, que foi encaminhada para perícia", explicou o delegado.

O laudo de atendimento, assinado por uma veterinária, informa que o cachorro deu entrada na clínica com trauma na face e sentindo muita dor. Segundo os médicos, o quadro do cachorro pode, inclusive, evoluir para uma cirurgia de retirada do olho esquerdo.

Confira a nota de defesa

Héder Alves Cruvinel foi preso, em flagrante delito, mediante a acusação de maus-tratos a um cachorro que lhe era estranho.

O ato do disparo, aliás, feito por arma de pressão, deu-se em momento de desespero, visto que o animal estava a atacar a criação de porquinhos da Índia do acusado, dentro do quintal da sua residência e se recusava obedecer os comandos e gritos de desespero, de forma que, para que parasse o ataque, o acusado, num gesto incontido e impensado, disparou na direção do animal, tendo a infelicidade de alvejá-lo, inclusive próximo ao olho, mesmo assim, 13 dos porquinhos foram mortos.

O cachorro está em tratamento, cujas despesas serão custeadas pelo acusado. O acusado está a esperar pela designação de audiência de custódia, na qual vai requerer a sua liberdade provisória, com ou sem fiança, visto que as hipóteses de prisão preventiva não se fazem presentes, porquanto ele é primário, portador de bons antecedentes, tem residência fixa e emprego certo.

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