O Ministério Público pediu à Justiça, na sexta-feira (5), a prisão preventiva de pessoas envolvidas na denúncia de exploração sexual de uma adolescente de 13 anos por uma aliciadora em Ipiguá (SP). O pedido foi feito pelo promotor da Infância e da Juventude de São José do Rio Preto, André Luís de Souza. Ele não revelou os nomes dos suspeitos nem o número de prisões que foram pedidas.
Elas fariam parte de uma lista de homens que teriam pago para fazer programas com ela. Constam também na lista um funcionário público, um médico e pessoas influentes na cidade.
Os encontros, segundo a adolescente, eram marcados por Silvia Melo, que também é investigada. O delegado José Augusto Fernandes recolheu os celulares dos suspeitos que estiveram na delegacia. A TV TEM entrou em contato com o advogado de Silvia, mas o celular dele estava desligado.
versão (Foto: Reprodução/ TV TEM)
Depois que o caso veio à tona, a adolescente disse que começou a ser coagida a mudar o depoimento por pessoas envolvidas na investigação. Uma delas, amiga da menor, foi ouvida na quarta-feira (3) e negou as acusações. A menor disse também queofereceram R$ 5 mil para ela desistir da denúncia.
Segundo André Luís Souza, promotor da Infância e Juventude, os depoimentos da menor ao Ministério Público não podem mais ser mudados. “Tomamos a cautela de ouvir a jovem em três oportunidades por causa da coação, não há mais como coagir a adolescente, oferecer dinheiro, porque nas três versões, tanto no envolvimento no caso da morte do delegado e da exploração sexual ela manteve a mesma declaração. Não há mais como ouvi-la de novo”, afirma o promotor.
(Foto: Reprodução/ TV TEM)
A exploração sexual
A promotoria da Infância e Juventude de Rio Preto e a Polícia Civil investigam o caso de exploração sexual à menina de 13 anos em Ipiguá. Segundo a adolescente, os encontros eram marcados pelo celular da aliciadora, que seria Sílvia Melo. A maioria dos encontros teria acontecido em um motel às margens da BR-153, entre Onda Verde (SP) e Ipiguá.
A jovem conta que a mãe usa drogas e a expulsou de casa no começo do ano. Por isso, foi morar na casa do namorado, em Ipiguá, cidade com cerca de 5 mil habitantes. Mesmo com o fim do relacionamento, ela continuou na casa, mas foi obrigada pela mulher a fazer programas como forma de pagamento pela moradia.