O Ministério Público deflagrou na manhã desta quinta-feira (5) uma operação para combater crimes de estelionato e lavagem de dinheiro por meio criptoativos em
Redação Publicado em 05/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 08h44
O Ministério Público deflagrou na manhã desta quinta-feira (5) uma operação para combater crimes de estelionato e lavagem de dinheiro por meio criptoativos em Elói Mendes (MG) e outros municípios do país. Foram expedidos cinco mandados de busca e apreensão em Elói Mendes, Varginha e São Paulo, além de um mandado de prisão preventiva contra uma organização criminosa.
A Operação Mercador de Ilusões está sendo realizada pelo Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), pela Coordenadoria Regional das Promotorias de Defesa da Ordem Econômica e Tributária e pela Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos, em ação conjunta com a Promotoria de Justiça de Elói Mendes, com as Polícias Civil e Militar, Receita Federal, e apoio da Associação Brasileira de Criptoeconomia. Esta operação tem como foco os criptoativos, que são representações digitais de valores transacionados pelo meio virtual, como as criptomoedas.
Segundo o MP, o líder do grupo possui vasto conhecimento na realização de atividades financeiras no mercado de criptoativos, especialmente o Bitcoin, uma espécie de moeda virtual. Por isso, ele atraiu atenção de investidores de todo o país por meio de cursos.
Os contratos eram feitos no nome do principal investigado ou de uma empresa em nome de outra pessoa, prática mais conhecida como laranja. Mais de R$ 30 milhões e 400 bitcoins foram movimentados.
MP faz operação conjunta contra estelionato e lavagem de dinheiro por meio de criptoativos no Sul de MG — Foto: Receita Federal
O investigado chegou a repassar rentabilidades para algumas vítimas, mas deixou de repassar valores às vítimas e parou de responder aos contatos. Ao mesmo tempo, adquiriu imóveis e bens de alto luxo. Parte dos ativos foi colocada em nome de laranjas, configurando a prática de lavagem de dinheiro, com o objetivo de dificultar o rastreamento do benefício dos crimes.
A Justiça também determinou a indisponibilidade de bens no valor de R$30.583.388,70, para futuro ressarcimentos das vítimas identificadas e pagamento de multa criminal e dano moral coletivo em caso de condenação.
Participam operação seis promotores de Justiça, um analista do MPMG, três delegados e 12 investigadores da Polícia Civil, nove Policiais Militares e 16 auditores e analistas da Receita Federal.
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G1
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