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Crime

Jovens são vítimas de escravidão sexual perturbadora e conseguem resgate de forma inesperada

O caso aconteceu na última sexta-feira (18) no Distrito Federal

A polícia desencadeou a Operação Tchê - Imagem: reprodução/Wikimedia
A polícia desencadeou a Operação Tchê - Imagem: reprodução/Wikimedia

Thais Bueno Publicado em 21/11/2022, às 14h44


Durante a última sexta-feira (18), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) conseguiu fechar uma casa de prostituição onde as mulheres eram submetidas a situação análoga à escravidao sexual. O estabelecimento funcionava ilegalmente no Itapoã, em Brasília.

Ainda na última sexta (18), os policiais foram capazes de resgatar duas vítimas que eram forçadas a trabalhar no local. Elas tinham 20 e 21 anos de idade.

Durante o caso, a 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) desencadeou a Operação Tchê. Foi descoberto pelas autoridades que a casa de prostituição funcionava dentro de um comércio, em que havia um bar apenas de fachada.

Ricardo Viana, delegado-chefe da 6ª DP, deu mais detalhes sobre o caso durante fala para o veículo Metrópoles: "Elas faziam programas, eram submetidas a jornadas de trabalhos exaustivas e degradantes, além de serem impedidas de sair".

Conforma explicado pelo profissional, as jovens ficavam mantidas sob tutela da dona e da gerente do prostíbulo. Além de porcentagens do valor de cada programa, as donas do local também cobravam pelo dinheiro da passagem de ônibus e por comida.

As duas vítimas resgatadas pela PCDF não eram, de fato, do Distrito Federal, mas haviam se mudado para a capital do Brasil em busca de trabalho e acabaram morando e trabalhando na casa de prostituição. 

Elas serão acompanhadas de perto pelo programa de proteção à vítima, da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), depois de terem sido salvas da escravidão sexual pela qual eram obrigadas a passar para sobreviver. 

"Outras mulheres que estavam no local e em condições suspeitas foram levadas à delegacia para serem ouvidas, na condição de testemunhas", completou o delegado. Ele também confirmou que ambas serão mandadas de volta para os estados de onde vieram.

As donas da propriedade foram acusadas pelos crimes de manutenção de casa de prostituição, submissão de outra pessoa a condição análoga à de escravidão e rufianismo (se favorecer de pessoas nessa condição). 

As penas podem chegar a 20 anos de prisão se concretizadas.

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