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Pacto Brutal: Glória Perez rebate assassino da filha: "A realidade se impõe"

Mãe de Daniella Perez autorizou as gravações da série 'Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez'

Glória Perez rebate assassino da filha Danielle Perez - Imagem: Instagram @hbomax
Glória Perez rebate assassino da filha Danielle Perez - Imagem: Instagram @hbomax

João Perossi Publicado em 26/07/2022, às 10h19


A série documental "Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez" está chocando a audiência do serviço HBO Max. Os 10 episódios foram autorizados por Glória Perez, mãe de Daniella e escritora da TV Globo, mas com a condição de que os assassinos Paula Thomaz e Guilherme de Pádua não aparecessem.

Gulherme, responsável pela morte de Daniella, se pronunciou em suas redes sociais sobre a série, e afirmou que "é muito ruim se ver na situação de um algoz"

"Tenho procurado levar a vida mais discreta possível, tentando dar um bom exemplo ou um bom testemunho, como nós dizemos na igreja. Mas eu voltei para a mídia depois de 30 anos que o crime ocorreu. Inicialmente, eu estava relutante porque é muito ruim se ver numa situação em que você é o algoz, o criminoso e a pior pessoa do mundo", declarou num longo vídeo em seu canal do Youtube.

Além de dizer que se arrepende e que não pode mudar o passado, Guilherme, que é pastor, replica tom acusatório da série: "Você vai assistir a uma série totalmente parcial. Só do que eu me lembro de cabeça, consigo quebrar de forma tão devastadora algumas teses que estão sendo apresentadas."

Já a mãe da vítima, Glória Perez, rebateu os comentários de Guillherme em entrevista para a rede Globo, afirmando que as acusações são fantasiosas: 

"A proposta era fugir do sensacionalismo para retratar a verdade dos autos. Era o que eu queria: que as pessoas entendessem porque as muitas versões fantasiosas apresentadas pelos assassinos não se sustentaram diante do júri, e porque os dois foram condenados por homicídio duplamente qualificado. O caso foi tratado como uma extensão da novela. Se o foco vai para os autos do processo, não há espaço para ficção. A realidade se impõe", declarou.

Guilherme de Pádua foi condenado a 19 anos de cadeia em regime fechado, mas cumpriu apenas 7 anos. Diante de uma decisão judicial de 2017, Guilherme também foi obrigado a pagar para Glória 500 salários mínimos, o equivalente a 480 mil reais.

O pastor não se pronunciou sobre procurar a justiça pelas afirmações feitas na série.

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