O número de filhos ainda pode ser bem maior que o divulgado
Nathalia Jesus Publicado em 03/04/2023, às 12h45
Jonathan Jacob Meijer, de 41 anos, é holandês e trabalha como músico e youtuber. Além de inúmeras outras funções que diz desempenhar, ele também é doador de sêmen e é acusado de enganar centenas de mulheres.
Jonathan está sendo processado por ter mentido sobre a quantidade de filhos que ajudou a gerar através das doações.
Somente na Holanda, há registros de que ele tenha feito doações de sêmen em 11 das 12 clínicas que existem no país. No território, o nome dos doadores permanecem em anonimato. A mãe pode conhecer o doador antes da inseminação e o filho pode saber quem é o pai depois dos 16 anos.
No entanto, as clínicas normalmente não conversam entre si, o que corrobora para que esse tipo de fraude aconteça, uma vez que não conseguem conferir o registro do doador, de acordo com as informações do Fantástico.
Há cerca de seis anos, um grupo de mães começou a desconfiar de que algo estava errado. Todas se conheceram por meio de um site para mulheres que querem engravidar ou já engravidaram de doadores, repararam que seus filhos tinham características físicas bem semelhantes e descobriram que todas usaram o sêmen do mesmo doador.
Jonathan foi denunciado à associação de ginecologistas e obstetras da Holanda e o caso foi parar nos jornais. Conforme a mídia contava a história, o número de mães que reconheceram Meijer como o pai biiológico de seus filhos aumentou consideravelmente.
Na Holanda, a regulamentação para esse tipo de doação determina que cada doador possa ter no máximo 25 filhos, de até 12 mulheres diferentes. No entanto, Jonathan teria afirmado que só iria fazer a doação para cinco mulheres e ter entre 15 e 20 filhos.
Um levantamento do Instituto Donorkind já conseguiu identificar 270 descendentes de Jonathan. Porém, a realidade pode ser ainda mais assustadora já que ele fez doações de sêmen em outros países, como a Dinamarca, além de ter doado também para bancos de sêmen internacionais por meio de fóruns na internet.
“Ele mesmo estima ter gerado 550 crianças em todo o mundo”, diz Ties Van Der Meer, diretor do Instituto Donorkind, que está processando Jonathan.
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