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Roubo

Mulheres fazem tatuagem por amiga com leucemia, mas descobrem que doença era golpe

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil

O crime aconteceu em Pirenópolis (DF) - Imagem: reprodução/TV Globo
O crime aconteceu em Pirenópolis (DF) - Imagem: reprodução/TV Globo

Mateus Omena Publicado em 28/12/2022, às 15h05


Uma camareira de 26 anos é suspeita de fingir estar diagnosticada com leucemia para aplicar golpes em colegas de trabalho. O caso aconteceu em Pirenópolis, no Entorno do Distrito Federal.

Segundo informações da TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo, Débora Barros dos Santos foi denunciada pelo recepcionista Matheus Milagre, 25, depois que ela pediu dinheiro para fazer exames e comprar remédios. De acordo com o jovem, cerca de 200 pessoas ajudara Débora.

“Nós ficamos muito sensibilizados e com muito medo de perder nossa colega, então fizemos vaquinhas, rifas e doações, juntamos bastante dinheiro. Ela sempre mandava mensagem pra alguém falando que tinha que fazer um exame no dia seguinte e a gente se virava pra juntar dinheiro pra ela”.

De acordo com uma colega de trabalho, cuja identidade é mantida sob sigilo, Débora contou que estava com câncer no final de setembro de 2022, mas a mentira foi revelada à polícia nesta semana. Os relatos de sofrimento com a doença comoveram três amigas que até chegaram a fizer tatuagens em homenagem à camareira.

Leucemia
Débora Barros dos Santos foi denunciada pelos colegas após descoberta do golpe.   Imagem: reprodução/TV Globo

“Eu considerava ela demais, ela é madrinha do meu filho. Estou me sentindo triste, magoada, traída, a gente confia na pessoa, ajudamos de coração e aconteceu essa coisa. Eu nunca esperava isso dela, nesses 4 anos que eu a conheço”, criticou.

A jovem afirmou que vai remover a tatuagem, no entanto se sente magoada e frustrada com a ação de Débora. Outra amiga que também fez a tatuagem disse que está decepcionada com si própria por confiar tanto em alguém.

Em entrevista à TV Globo, o delegado Tibério Cardoso, responsável pelo caso, informou que a Polícia Civil está investigando o crime. No entanto, ele disse que há cerca de 10 dias Débora procurou a polícia para fazer uma denúncia.

“Ela procurou a delegacia com uma história bem absurda. Tudo indica que para se precaver desse golpe que ela aplicou. Ela coloca uma terceira pessoa que a teria ‘induzido’ a fazer isso. Não se sabe se essa pessoa existe mesmo, provavelmente não”, explicou o delegado.

Segundo o delegado, Débora ainda não foi ouvida formalmente e as vítimas estão registrando boletins de ocorrência na delegacia. Como nem todos deram depoimento, ainda não é possível estimar quanto a camareira teria conseguido em dinheiro.

“Contatamos um farmacêutico que vendia medicamentos a ela também. Ele vai apresentar a relação de medicamentos que ela adquiriu durante esse caso”.

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