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'Aquático SP'

SPTrans recebe autorização para inaugurar transporte por barcos em SP

A empresa responsável pela operação, Transwolff, estava sob investigação devido a supostas ligações com o PCC

'Aquático SP' - Imagem: Divulgação / SPTrans
'Aquático SP' - Imagem: Divulgação / SPTrans

por Marina Milani

Publicado em 15/04/2024, às 10h55


Neste domingo (14), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu a liberação para a inauguração do transporte público por barcos na Represa Billings, localizada na Zona Sul de São Paulo.

O serviço, denominado 'Aquático SP', que deveria ter sido inaugurado em 28 de março, teve sua abertura impedida por uma decisão judicial, após um pedido do Ministério Público (MP-SP), que questionava a falta de estudos de impacto ambiental adequados para a implantação do serviço.

A empresa responsável pela operação, Transwolff, que estava sob investigação devido a supostas ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC), foi alvo de intervenção da Prefeitura de São Paulo.

Inicialmente, um juiz de primeira instância havia acatado os argumentos do Ministério Público e barrado o início das operações do sistema. No entanto, a SPTrans e a Prefeitura de São Paulo recorreram da decisão.

Os desembargadores da 1ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente do TJ-SP decidiram autorizar o início dos trabalhos na Represa Billings, após considerarem que não há impactos ambientais significativos que justifiquem a suspensão do serviço.

O 'Aquático SP' visa beneficiar cerca de 385 mil passageiros da região do Grajaú e Cantinho do Céu, proporcionando uma alternativa de transporte na região.

A gestão municipal, liderada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), ainda não definiu uma nova data para a inauguração do serviço, que é visto como uma das iniciativas-chave para a tentativa de reeleição do prefeito em outubro.

A Transwolff, empresa envolvida na operação do 'Aquático SP', foi alvo de investigação criminal, culminando na operação 'Fim da Linha', que resultou na prisão de executivos da empresa. Em virtude disso, a Prefeitura de São Paulo nomeou interventores para a Transwolff e outra empresa, que agora são operadas pelo Poder Público municipal.

Apesar dos entraves legais e das investigações, a Transwolff obteve o direito de operar o serviço de transporte aquático no extremo sul da cidade, mediante um aditivo contratual com a SPTrans, sem a realização de licitação.

Em 2023, a empresa recebeu R$ 748 milhões da Prefeitura de São Paulo para a prestação de serviços de transporte de passageiros nas linhas operadas na Zona Sul da capital.

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