Sérvio é preso pela segunda vez em SP, portando grande quantidade de drogas

Aleksandar Nesic, de 31 anos, é acusado de ser o dono de dez toneladas de cocaína com destino à Europa, foi preso pela Polícia Federal no último dia 5 no Guarujá, Baixada Santista, havia sido detido dois meses antes por policiais civis na Vila Buarque, centro de São Paulo, mas acabou sendo liberado.

Policiais civis chegaram em um bar que o sérvio Aleksandar estava tomando uma cerveja com outros dois amigos e deram voz de prisão a Santana. Ele e os dois sérvios foram revistados e conduzidos à sede do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), unidade de elite da Polícia Civil, no bairro do Carandiru, zona norte paulistana.

De acordo com o UOl, Aleksandar é filho do narcotraficante Goran Nesic, extraditado pelo governo brasileiro para a Sérvia em 2018, foi ouvido nas dependências do Deic, onde alegou que está no Brasil há 15 anos, morava em um apartamento no Morumbi, zona sul, é casado com uma brasileira e tem dois filhos.

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Segundo agentes do Deic, Aleksandar estava sem documento de identificação e ficou confuso em informar qual era o seu meio de sobrevivência. Ele contou, que recebia uma mesada de R$15 mil enviada pelo pai dele para um banco alemão no Brasil.

Com ele, os policiais apreenderam  mais de R$7 mil reais e dois celulares, Aleksandar disse que o dinheiro havia sido de uma pensão que havia recebido de sua madrasta brasileira.

Além do dinheiro, os agentes apreenderam um carro da marca Hyundai, modelo HB-20 com o amigo de Aleksandar. O sérvio afirmou que comprou o veículo em julho deste ano, como semi novo, e pagou R$55 mil. Ele teve o veículo devolvido por ordem judicial.

Os dois amigos de Aleksandar acabaram sendo liberados porque não havia nenhum mandado de prisão contra eles. Mas, na quinta-feira passada, Aleksandar foi preso na Baixada Santista, durante a Operação Dontraz, realizada pela Polícia Federal. 

A operação também foi desencadeada no Paraná, em Santa Catarina, no Ceará e no Rio Grande do Norte. Segundo investigações, Aleksandar herdou os negócios ilícitos do pai,  que era um dos maiores narcotraficantes no Brasil, integrava a máfia dos balcãs e tinha ligações com o PCC (Primeiro Comando da Capital).

Em setembro deste ano foram apreendidas 3,6 toneladas de cocaína em outro barco a 30 km da Costa de Recife. Cinco tripulantes brasileiros acabaram presos em flagrante. A PF suspeita que o dono da droga era o de Aleksandar.

João Batista Benedito Botelho, advogado de Aleksandar Nesic, disse que em relação à prisão de seu cliente por policiais civis em 4 de agosto deste ano, na Vila Buarque, o sérvio foi solto porque até então não havia nenhuma acusação contra ele.

Botelho explicou que o dinheiro e os telefones celulares apreendidos no Deic deverão ser restituídos em breve ao cliente, assim como o carro do amigo de Aleksandar já foi devolvido por determinação da Justiça de São Paulo.

Já em relação à acusação de tráfico internacional de drogas, apresentada pela Polícia Federal, o defensor disse que o cliente não é um mafioso, não tem ligação com facção criminosa e que a inocência de Nesic vai ser devidamente comprovada durante o curso processual.