São Paulo gera mais de 50 mil novos empregos formais em março, diz Caged

São Paulo foi o estado com maior saldo de empregos formais em março de 2023, revelaram os dados do Novo Caged, divulgados nesta quinta-feira (27).

Segundo o levantamento, feito com o respaldo do Ministério do Trabalho e Emprego, foram gerados no total 50.768 postos no estado. Já o Brasil como um todo encerrou o terceiro mês do ano com 195.171 postos de trabalho com carteira assinada.

Em relação ao acumulado do ano, de janeiro a março, São Paulo também foi a unidade federativa que mais gerou empregos formais de trabalho, com um saldo de 136.604 postos, o que representa 56% dos 243.893 postos formais criados na Região Sudeste no mesmo período.

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Em março, o Brasil atingiu um estoque 42,97 milhões de vagas formais ativas, o maior índice já registrado desde o mesmo mês de 2002.

As oportunidades de trabalho criados em março de 2023 representam quase o dobro de postos gerados em março de 2022, mês que encerrou com saldo positivo de 98.786 no país. No acumulado do ano, entre janeiro e março, o saldo ficou positivo em 526.173 postos formais.

E quanto às outras regiões do país?

O Sudeste foi a região que registrou os melhores índices de geração de empregos formais em março. Somados, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo apresentaram um saldo de 113.374 novos postos, com todos os quatro estados tendo registrado saldo positivo no terceiro mês deste ano.

Em seguida, destaca-se a Região Sul, com 37.441 novos postos. A Região Centro-Oeste foi a terceira que mais gerou empregos formais: 22.435 vagas. A Região Nordeste teve saldo positivo de 14.115 e a Região Norte, de 10.077 postos criados no terceiro mês de 2023.

No comparativo entre os estados, São Paulo é o campeão do ranking das UFs que mais geraram empregos formais em março, com 50.768 novos postos. Depois de SP,  dois representantes do Sudeste apresentam bons números: Minas Gerais, com 38.730, e o Rio de Janeiro na sequência, com 19.427.

Por outro lado, o estado da Bahia é o representante da Região Nordeste com maior destaque, com saldo positivo de 9.324 postos. No Norte, o Pará foi o estado que mais abriu vagas, com 4.033. O Paraná, com 13.387 empregos criados, lidera na Região Sul e Goiás ocupa esta posição na Região Centro-Oeste, com 13.667 novas vagas.

Quais grupos foram mais beneficiados?

O estudo mostrou que o saldo ficou positivo em 111.105 postos ocupados por homens e 84.066 preenchidos por mulheres.

O Novo Caged apontou também um saldo positivo de 570 vagas ocupadas por pessoas com deficiência. Por outro lado, em relação ao critério de raça/cor, o saldo foi positivo para pardos (50.366), brancos (10.393) e pretos (10.376), mas registrou números negativos para indígenas (-2.360) e amarelos (-94).

Sobre o saldo por faixa etária, o maior número de vagas em março foi ocupado por pessoas entre 18 e 24 anos, que preencheram 124.095 postos. Em seguida, aparecem as vagas ocupadas por trabalhadores até 17 anos (31.629), seguidas por pessoas entre 25 e 29 anos (16.298) e por aquelas com mais de 30 anos (23.149).

Sobre faixas salariais, a maior parte das vagas ocupadas em março, 148.222, foram preenchidas em cargos entre 1 e 1,5 salários mínimos. O levantamento também afirmou que houve alta de empregos que ofereciam remuneração de um salário mínimo (44.282), seguido por 1,5 a 2 salários mínimos (14.935).

No entanto, grande parte das vagas foram preenchidas por trabalhadores sem grandes qualificações. O estudo mostrou que, no critério grau de instrução, muitos postos foram preenchidos por brasileiros com ensino médio completo: 160.310, com outras 17.393 ocupadas por pessoas com ensino médio incompleto. As vagas com preenchidas por profissionais com curso superior somaram apenas 14.290.

Setores com mais oportunidades

Em março, o setor de Serviços foi o que teve o melhor desempenho, com 122.323 postos, ou 62,6% dos 195.323 empregos formais criados no mês.

Já a área de Administração Pública (defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais) obteve o maior saldo (+44.913), especialmente na educação (+22.334) e saúde humana e serviços sociais (+14.214).

Em seguida, aparece o setor de Construção Civil, como o segundo maior gerador de postos de trabalho no mês, que registrou saldo de 33.641 postos formais. Isso se deve às oportunidades em Obras de Infraestrutura, com saldo de 14.279 postos de trabalho.

Depois destaca-se a Indústria, com saldo positivo de 20.984 postos, com a Fabricação de produtos alimentícios (4.698) como maior empregador. O Comércio, com saldo de 18.555, ficou em quarto, com destaque para o Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios – Supermercados (+7.036). No entanto, a Agropecuária foi o único setor sem resultado positivo em março: 332 postos perdidos de saldo.