Polícia encontra material radioativo furtado em SP

A Polícia Militar de São Paulo localizou neste sábado (6) parte do material radioativo furtado na última semana. Os produtos foram encontrados em uma loja de baterias situada na Avenida Itaquera, na Zona Leste da capital paulista.

De acordo com a PM, o material foi adquirido por meio de um ferro velho. Três indivíduos, com idades de 21, 25 e 53 anos, foram detidos sob acusação de receptação e porte de material nuclear. Eles foram encaminhados ao 53º Distrito Policial (DP) no Parque do Carmo.

A loja foi isolada pelos agentes, que acionaram técnicos do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD) para analisar as taxas de radiação no local. Após as medições, os especialistas concluíram que os níveis de radiação não são preocupantes.

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O furto ocorreu no dia 30 de junho, quando um veículo de uma empresa especializada em transporte radioativo foi roubado em uma rua de São Mateus, também na Zona Leste. Segundo a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), o veículo continha cinco galões com geradores de material radioativo: um de Germânio 68/Gálio 68, com radiação ativa, e quatro de Molibdênio 99/Tecnécio 99, que estavam sendo devolvidos à empresa após utilização em um hospital.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que todos os cilindros de armazenamento furtados foram localizados, mas o gerador contendo Germânio 68/Gálio 68 foi encontrado sem o material radioativo, que continua desaparecido. O Gálio é um metal amplamente utilizado na medicina nuclear para exames de imagem.

Na sexta-feira (5), um dos cinco galões furtados foi achado em um desmanche de veículos roubados no Jardim Marilu. O recipiente estava aberto e vazio. Técnicos do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) passaram horas fazendo medições no local, mas não detectaram radiação, liberando a área que havia sido interditada.

Os sócios da empresa Medical Armazenagem Logística e Distribuição Ltda, proprietária do veículo furtado, informaram que a carga radioativa foi retirada no Rio de Janeiro e tinha como destino Curitiba, no Paraná, e Blumenau, em Santa Catarina. Segundo os responsáveis, o furto ocorreu devido a uma falha operacional do motorista, que deveria ter levado o carro para uma das unidades da empresa antes de seguir viagem, mas decidiu deixá-lo na frente de sua residência, onde o crime ocorreu.