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Fake news

Pai coruja e trabalhador: saiba quem era o homem espancado até a morte por fake news

Osil Vicente Guedes, de 49 anos, foi brutalmente agredido ao ser apontado como ladrão

Pai coruja e trabalhador: saiba quem era o homem espancado até a morte por fake news - Imagem: reprodução
Pai coruja e trabalhador: saiba quem era o homem espancado até a morte por fake news - Imagem: reprodução

Nathalia Jesus Publicado em 08/05/2023, às 10h56


Osil Vicente Guedes, de 49 anos, foi linchado e morto após uma fake news de que teria roubado uma moto, em Guarujá, no litoral sul de São Paulo.

O homem foi agredido por algumas pessoas que passavam na rua, que usaram um capacete e pedaços de madeira. De acordo com testemunhas, as agressões começaram após um grito de "pega ladrão".

No entanto, o dono da moto que teria sido roubada informou à Polícia Militar que conhecia Osil e que emprestou o veículo para ele. A vítima chegou a ser socorrida e internada no Hospital Santo Amaro (HSA), no Guarujá, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde.

Osil morava no mesmo endereço da própria empresa de reciclagem, na Avenida Acaraú, no bairro Vila Áurea, no distrito de Vicente de Carvalho, e era bastante querido pelos vizinhos. A empresa fica a aproximadamente um quilômetro do local onde ele foi linchado, entre a Rua Tambaú e a Avenida Oswaldo Cruz, segundo apontou apuração do g1.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), o irmão da vítima, que não teve a identidade revelada, prestou depoimento à polícia. Outras informações sobre o caso não foram divulgadas.

O caso inicialmente foi registrado como "lesão corporal" no 2º Distrito Policial (DP) de Guarujá, porém, acabou modificado para "homicídio" após a morte de Osil.

A vítima

Osil Vicente Guedes foi descrito à PM pelo dono da moto como uma pessoa "trabalhadora" e que "não se envolve muito em confusão".

Nas redes sociais, o homem compartilhava alguns momentos de lazer com o filho, de apenas 9 anos, além de vídeos e fotos sobre o trabalho e a família.

O homem também publicava imagens onde aparecia em meio a objetos que seriam destinados à reciclagem. "Na sucata sempre. Eu amo sucata", escreveu Osil em resposta a um comentário nas redes sociais.

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