Cidade registrou o total de 431 casos confirmados neste ano
William Oliveira Publicado em 03/10/2024, às 14h19
A cidade de São Paulo observou um aumento no número de casos confirmados de mpox em 2024, com 431 diagnósticos registrados até o último boletim da Secretaria Municipal da Saúde, divulgado nesta quinta-feira (3). Em comparação com o relatório anterior, houve um acréscimo de 33 novos casos da doença, anteriormente conhecida como varíola dos macacos.
Segundo dados da Coordenadoria de Vigilância em Saúde, a capital paulista não registrou mortes relacionadas à mpox neste ano. Desde o início do monitoramento, em janeiro de 2022, a cidade contabilizou um total de duas mortes e 3.466 casos confirmados.
No âmbito estadual, São Paulo registrou 673 casos de mpox até o início de outubro de 2024. Essa cifra representa uma redução significativa em comparação aos 4.129 casos registrados em 2022, ano que marcou o pico da doença na região. Até o momento, nenhuma ocorrência foi associada à nova variante Clado 1b.
O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) do governo estadual reportou, desde o primeiro caso até a data presente, um total de 5.113 infecções confirmadas e três óbitos.
Vacinação
Internacionalmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou a segurança e eficácia da vacina contra mpox produzida pela Bavarian Nordic em setembro. Este reconhecimento visa facilitar a aquisição do imunizante por diversos países e agilizar sua aprovação para uso local. A farmacêutica anunciou que poderá fornecer até 13 milhões de doses até o final de 2025.
Em resposta ao surto, São Paulo iniciou a vacinação contra mpox em março deste ano, focando inicialmente em adultos mais vulneráveis às formas severas da doença. Contudo, a campanha foi interrompida após o esgotamento dos estoques.
O Hospital Emílio Ribas é destacado como referência para tratamento de casos graves no estado. As autoridades locais afirmam estar atentas ao cenário epidemiológico e asseguram que todas as unidades de saúde receberam diretrizes técnicas para monitorar e acompanhar a evolução da doença preventivamente.
Em agosto, o governo estadual emitiu um alerta epidemiológico para intensificar as ações de vigilância e assistência diagnóstica. Anteriormente, a OMS classificou a mpox como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.
A Secretaria da Saúde ressalta que a transmissão humana da mpox ocorre principalmente por contato íntimo com lesões cutâneas ou mucosas infectadas. Os sintomas mais comuns incluem febre, fadiga, inchaço dos linfonodos e dores generalizadas.
Para prevenir a propagação do vírus, são recomendadas medidas como evitar contato direto com pessoas infectadas e seguir protocolos sanitários rigorosos.
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