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ACIDENTE EM SP

Justiça nega prisão do motorista da Porsche; entenda

Fernando Sastre de Andrade Filho conduzia a Porsche que bateu contra o carro do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana

Fernando Sastre de Andrade Filho conduzia a Porsche que bateu contra o carro do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana - Imagem: Reprodução/TV Globo
Fernando Sastre de Andrade Filho conduzia a Porsche que bateu contra o carro do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana - Imagem: Reprodução/TV Globo

Ana Rodrigues Publicado em 02/04/2024, às 08h51


A Justiça de São Paulo negou a prisão temporária de Fernando Sastre de Andrade Filho, condutor do Porsche que colidiu contra um Sandero e matou um motorista de aplicativo na zona leste de São Paulo.

De acordo com o UOL, a defesa fala que é "prematuro" julgar as causas do acidente. Os defensores Carine Acardo Garcia e Merhy Daychoum afirmaram que as suposições não devem ser realizadas em razão dos laudos periciais não estarem concluídos.

Os defensores ainda disseram que a prisão temporária foi negada pela Justiça "por falta de preenchimento dos requisitos autorizadores de tal prisão". O delegado Nelson Vinicius Alves explicou que a solicitação foi feita no início da noite e encaminhada inicialmente para o Tribunal do Júri. Após isso, o pedido foi enviado para o juiz de plantão, na expectativa de que a prisão fosse decretada mais rapidamente, ainda na última segunda-feira (1°).

Os advogados de Fernando alegaram que ele não fugiu do local. Eles citaram que, como já tinha sido feita a prestação de socorro às outras vítimas, o condutor da Porsche foi "devidamente qualificado pelos policiais militares de trânsito, tendo sido liberado pela PM para que fosse encaminhado ao hospital".

Os advogados ainda argumentaram que o cliente se resguardou em razão do receio de sofrer um linchamento virtual, além de ficar em "choque" - causado pelo acidente e pela notícia do falecimento da vítima.

A defesa também argumentou que Fernando se apresentou espontaneamente na sede do 30° Distrito Policial em São Paulo, ainda na tarde da última segunda-feira (1°).

Pôde, então, prestar depoimento, apresentando sua versão dos fatos".

Apesar disso, ele se apresentou à polícia após mais de 38 horas após ter deixado do local do acidente.

De acordo com nota enviada pela defesa, Fernando vai colaborar com a investigação.

Todas as circunstâncias do acidente serão devidamente apuradas no curso da investigação, com a mais ampla colaboração de Fernando".

Os advogados disseram que vão procurar a família da vítima, na intenção de prestar "solidariedade" e oferecer assistência necessária.

Obviamente, a perda não será reparada, mas minimamente prestaremos amparo necessário neste momento de tal fatalidade", finalizaram.
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