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Vai ter greve no metrô? Assembleia é agendada para discutir o tema

Será discutido as medidas tomadas após a demissão e suspensão de funcionários, e uma possível data para uma nova greve

Greve no metrô: assembleia é agendada para discutir sobre uma nova greve nas linhas - Imagem: Reprodução Pexels
Greve no metrô: assembleia é agendada para discutir sobre uma nova greve nas linhas - Imagem: Reprodução Pexels

Milleny Ferreira Publicado em 25/10/2023, às 09h02


Os funcionários do metrô de São Paulo convocaram uma assembleia para a noite desta quarta-feira (25) para debater uma nova greve no transporte coletivo na semana que vem. A categoria irá se reunir para debater o que fazer após a demissão de 5 funcionários e a suspensão de outros 4 por “faltas graves” durante a paralisação surpresa ocorrida no último dia 12.

A decisão do Metrô foi baseada em provas compostas por imagens, áudios e relatórios que indicavam a conduta irregular dos 9 profissionais penalizados. A direção da companhia avaliou que a paralisação atendeu apenas a interesses privados e descumpriu a legislação por ter sido iniciada sem aviso prévio e sem qualquer autorização da assembleia da categoria dos metroviários.

De acordo com o portal Metrópoles, a companhia disse estar avaliando outros casos e não descarta novas punições. Segundo a empresa, os 9 empregados punidos justificaram o protesto contra advertências recebidas por outros três empregados da Linha 2-Verde.

Convocamos a categoria para organizar a luta contra as demissões, privatizações e terceirizações", disse comunicado do Sindicato dos Metroviários divulgado após o anúncio do Metrô.

A própria presidente do sindicato dos metroviários, Camila Lisboa, admite que “a categoria está revoltada”, devido à possibilidade de ser aprovada uma nova greve para a próxima semana, durante a assembleia desta quarta.

Para ela, as demissões são uma retaliação do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) aos funcionários do Metrô por causa dos movimentos contra os planos dele de privatizações e terceirizações das linhas.

Os funcionários do Metrô de São Paulo realizaram no dia 12 de outubro um protesto contra supostas “punições” que estariam sendo aplicadas pela empresa à categoria por causa da greve de 24 horas realizada no início do mês.

Essa paralisação abrange as linhas 1-Azul, 3-Vermelha e 15-Prata no fim da manhã desta quinta, segundo o Metrô. A Linha 2-Verde operou com velocidade reduzida, enquanto as linhas 4-Amarela e 5-Lilás, concedidas à iniciativa privada, não foram afetadas.

O Sindicato dos Metroviários disse que a companhia praticou “conduta antissindical”. Já o Metrô afirmou que o protesto dos trabalhadores é uma resposta a uma advertência por escrito dada a cinco operadores de trem que teriam se recusado a participar de treinamentos.

O Sindicato dos Metroviários afirmou por meio de uma nota à imprensa no dia 12, que a companhia passou a “aplicar punições contra a categoria” em uma “conduta antissindical” por causa da greve realizada no início do mês de outubro.

Essas retaliações são em razão da justeza da greve, que contou com amplo apoio da população contra os processos de privatizações", diz a nota.

Segundo a entidade, o protesto realizado nesta quinta-feira é uma “paralisação organizada pelo sindicato contra esse tipo de conduta arbitrária”.

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