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SABESP

PL sobre privatização da Sabesp será enviado hoje à Alesp

O governador planeja explicar as premissas do modelo de privatização, incluindo a redução das tarifas, a sustentabilidade desse processo e como a venda da empresa contribuirá para manter o mercado e os investimentos cruzados

Tarcísio de Freitas. - Imagem: Reprodução | YouTube
Tarcísio de Freitas. - Imagem: Reprodução | YouTube

Marina Roveda Publicado em 17/10/2023, às 07h54


O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou que irá enviar à Assembleia Legislativa (Alesp) o projeto de privatização da Sabesp. A Sabesp é uma empresa de economia mista, com parte das ações pertencendo ao estado e parte à iniciativa privada, com o governo paulista sendo o maior acionista da companhia.

Tarcísio de Freitas declarou que irá apresentar o projeto de privatização ponto a ponto em uma reunião com deputados da base governista. Ele explicará as premissas do modelo, como planeja reduzir as tarifas e manter o mercado da Sabesp. A expectativa é que a votação do projeto de privatização aconteça no final de novembro ou dezembro, antes do recesso de fim de ano do Legislativo.

Funcionários da Sabesp são contrários à privatização e realizaram uma greve em outubro em protesto contra o processo. O governador acredita que a privatização da Sabesp é uma das principais promessas de campanha e que a venda da empresa ajudaria a baixar as tarifas de água.

Um estudo da Corporação Financeira Internacional, braço do Banco Mundial, recomendou que o governo de São Paulo venda parte das ações da Sabesp a investidores do mercado de saneamento. O relatório sugere que, com o controle da Sabesp sendo vendido, o governo poderia obter R$ 10 bilhões para levar saneamento a áreas rurais e favelas, antecipando em quatro anos a meta de fornecer água e esgoto tratado a quase toda a população das cidades atendidas pela Sabesp. O estudo sugere que isso pode ser feito sem aumentar a tarifa ou até mesmo reduzi-la.

O governo de São Paulo confirmou que planeja seguir a estratégia recomendada pelos técnicos e usar os recursos obtidos com a privatização da Sabesp para reduzir as tarifas. No entanto, o governo não informou a quantia a ser utilizada nem o prazo da estratégia.

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