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Em um mês, número de casos de intoxicação por drogas K dobra em São Paulo

O atual número já é o triplo do registrado em todo ano passado

Em um mês, número de casos de intoxicação por drogas K dobra em São Paulo - Imagem: reprodução / TV Globo
Em um mês, número de casos de intoxicação por drogas K dobra em São Paulo - Imagem: reprodução / TV Globo

Nathalia Jesus Publicado em 20/06/2023, às 08h17


No último mês, o número de casos supeitos de intoxicação por drogas K praticamente dobrou. De janeiro a abril deste ano, a Secretaria Municipal da Saúde havia notificado 216 casos de intoxicação exógena por canabinóide sintético, o nome técnico da droga. Em maio, as notificações, que foram registradas tanto na rede pública quanto na privada, saltaram para 411.

O número já representa o triplo de notificações que o computado em todo ano passado, 98 casos. Até abril desse ano, os governos ainda não haviam falado abertamente sobre a problemática das drogas K e, até agora, não existe um teste que confirme que a pessoa de fato ingeriu o entorpecente.

Os dados podem indicar tanto um crescimento real do consumo dessa droga, como o aumento da atenção do estado em orientar as equipes a notificar esses casos, disse a Prefeitura.

Segundo informações apuradas pelo g1, as drogas K surgiram em laboratórios no início dos anos 2000. Apesar de terem como base os canabinoides sintéticos, a utilização do termo "maconha sintética" é considerado errôneo.

A explicação é complexa, mas em resumo quer dizer que o canabinoide feito em laboratório se liga ao mesmo receptor do cérebro que a maconha comum, mas em uma potência até 100 vezes maior. O governo de São Paulo diz que os efeitos da droga podem ser piores do que o crack.

“Estamos acompanhando de forma bastante atenta”, diz Wagner Laguna, assessor técnico da área de Saúde Mental da Secretaria Municipal da Saúde.

Por se tratar de uma droga sintética, a molécula principal vem sendo modificada nos laboratórios clandestinos. A droga também é misturada com outras substâncias, incluindo o fentanil, opiode vendido em farmácias com forte potencial de dependência.
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