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Europa

EUA e UE solicitam investigação sobre eleições na Geórgia; entenda

Alegações de irregularidades nas eleições do país ganham destaque internacional

Salome Zourabichvili, presidente da Geórgia - Imagem: Reprodução / X / @BRICSinfo
Salome Zourabichvili, presidente da Geórgia - Imagem: Reprodução / X / @BRICSinfo

Gabriela Thier Publicado em 28/10/2024, às 14h51


Em um recente desdobramento político, os Estados Unidose a União Europeia solicitaram, nesta segunda-feira (28), uma investigação abrangente sobre os resultados das eleições parlamentares na Geórgia, ocorridas no último sábado (26). O pleito resultou na vitória do partido governista Sonho Georgiano, que possui laços estreitos com Moscou, obtendo quase 54% dos votos. Este resultado gerou protestos da oposição pró-Ocidente, que alegou uma série de irregularidades durante o processo eleitoral.

Em um pronunciamento realizado no domingo, a presidente da Geórgia, Salome Zourabichvili, que é defensora da adesão do país à União Europeia, não reconheceu os resultados das eleições. Zourabichvili classificou o processo eleitoral como uma "operação especial russa" e convocou a população para manifestações em diversas regiões do país.

Relatos da mídia local indicam que a primeira-ministra Irakli Kobakhidze, representante do Sonho Georgiano, acusou a presidente e seus aliados de tentarem subverter a "ordem constitucional". Apesar disso, Kobakhidze reafirmou o compromisso do governo com a integração europeia.

Observadores internacionais da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) evitaram declarar fraude eleitoral, mas relataram casos significativos de compra de votos, intimidação de eleitores e manipulação de cédulas que poderiam ter influenciado o resultado final.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, expressou apoio aos pedidos por uma investigação detalhada. Em comunicado oficial, Blinken destacou a importância de os líderes georgianos respeitarem o Estado de Direito, revogarem leis que atentem contra liberdades fundamentais e abordarem as falhas identificadas no processo eleitoral.

A União Europeia e a Otantambém pressionaram por uma investigação rápida e transparente das alegadas irregularidades. A Comissão Europeia enfatizou que qualquer legislação que comprometa os direitos fundamentais dos cidadãos georgianos e contrarie os valores da UE deve ser anulada.

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