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Conselho recomenda liberdade condicional para assassino de Robert F. Kennedy nos EUA

Ele foi detido na cena do crime, ainda com a arma na mão. No entanto, durante anos correram rumores de que havia um segundo assassino.

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Redação Publicado em 28/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h30


Um conselho da Califórnia recomendou nesta sexta-feira (27) a liberdade condicional a Sirhan Sirhan, condenado em 1968 pelo assassinato de Robert F. Kennedy, irmão do ex-presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy.

Sirhan, de 77 anos, passou mais de meio século atrás das grades. A decisão do conselho não determina sua libertação imediata, mas abre caminho para um período de análise que pode durar até três meses e depois deve ser revisado pelo governador da Califórnia.

Condenado à prisão perpétua, Sirhan tentou obter a liberdade condicional por 15 vezes.

Nesta sexta-feira, pela primeira vez, o Ministério Público de Los Angeles não se opôs ao pedido.

Robert F. Kennedy, o irmão mais novo do também assassinado John F. Kennedy, foi baleado na madrugada de 6 de junho de 1968 no Ambassador Hotel em Los Angeles, depois de fazer um discurso por sua vitória nas eleições primárias democratas da Califórnia, a caminho da corrida presidencial.

O então senador faleceu no dia seguinte, aos 42 anos.

Sirhan, natural de Jerusalém e nos Estados Unidos desde 1956, foi condenado pelo crime. Aos 24 anos, ele confessou o assassinato no tribunal, mas disse não se lembrar de como isso aconteceu.

Ele foi detido na cena do crime, ainda com a arma na mão. No entanto, durante anos correram rumores de que havia um segundo assassino.

Paul Schrade, que estava com “Bobby” Kennedy durante o tiroteio e foi ferido, é um dos que apoiou essa hipótese.

“É uma boa decisão”, disse Schrade à AFP nesta sexta-feira, minutos após a votação ser publicada.

“Estou muito grato ao conselho de liberdade condicional por dar a Sirhan a oportunidade de ir para casa.”

Robert F. Kennedy Jr., um dos onze filhos do falecido senador, também expressou dúvidas no passado sobre a autoria do crime.

A controvérsia sobre o caso começou no julgamento de Sirhan, quando os promotores apresentaram um relatório de autópsia mostrando que Kennedy foi baleado pelas costas. Sirhan estava na frente.

Em 2013, um juiz dos EUA que recusou um dos recursos de Sihran rejeitou a versão, afirmando que a direção da bala poderia ser explicada devido ao “caos” e que Kennedy pode ter virado a cabeça durante o tiroteio.

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Fontes: G1 – Globo.

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