Os militares das forças de coalizão lideradas pelos Estados Unidos correm para completar a retirada de pessoas do Afeganistão antes de 31 de agosto, a data
Redação Publicado em 27/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h05
Os militares das forças de coalizão lideradas pelos Estados Unidos correm para completar a retirada de pessoas do Afeganistão antes de 31 de agosto, a data limite que foi acertada no acordo com o Talibã.
Esse processo ocorre durante uma piora das condições de segurança —na quinta-feira houve um ataque terrorista com ao menos duas explosões do lado de fora do aeroporto de Cabul. Mais de 80 pessoas morreram, incluindo 13 militares americanos.
Veja como estão, país a país, os planos de retirada
Os militares dos EUA continuarão a retirar pessoas de Cabul até o dia 31 de agosto. Nos últimos dias, a prioridade será dos soldados e do equipamento, de acordo com as Forças Armadas. Até o momento, foram retirados 4.500 cidadãos americanos e suas famílias, de acordo com o secretário de Estado, Antony Blinken. Outros 1.500 que trabalhavam para o governo dos EUA ou Afeganistão foram instruídos sobre como deixar o país.
As forças do Reino Unido já estão nos estágios finais do processo de retirada de Cabul e fechamento de seus escritórios e espaços de trabalho, afirmou o ministério de Defesa do país.
Agora o foco é retirar os cidadãos britânicos e os outros que já foram autorizados a sair e que já estão no aeroporto, segundo o Ministério. Além dessas pessoas que estão prestes a deixar o país, ninguém mais será chamado.
Mais de 13,7 mil pessoas, entre britânicos e afegãos, foram retirados do Afeganistão pelas forças do Reino Unido. Essa foi a segunda maior operação como essa desde 1949, quando os britânicos tiraram pessoas de Berlim.
Foram 36 cidadãos irlandeses que deixaram o Afeganistão. Há outros 60 que ainda estão no país e pediram ajuda, além de 15 afegãos com status de residência na Irlanda. O número é maior do que o governo da Irlanda estimou inicialmente.
Os voos de retirada de pessoas feitos pela Alemanha terminaram na quinta-feira (26). Os militares alemães tiraram 5.347 pessoas —a maioria delas, mais de 4.100, são afegãs.
A Alemanha chegou a dizer que tinha identificado 10 mil pessoas que precisavam sair do Afeganistão. Nesse balanço estavam ativistas de direitos humanos, jornalistas e os funcionários locais que trabalhavam para os alemães.
Cerca de 300 alemães vão continuar no Afeganistão, disse um porta-voz do MInistério de Relações Exteriores da Alemanha.
A Áustria não chegou a comandar voos e precisou da ajuda da Alemanha. Até o momento, 89 cidadãos austríacos ou com status de residentes foram retirados. Ainda há mais de 20 que continuam no Afeganistão.
A Polônia retirou cerca de 900 pessoas do Afeganistão. A Hungria terminou sua operação depois que 540 conseguiram voos para sair de Cabul.
O Ministério de Defesa da França afirmou que mais de 100 franceses e 2.500 afegão chegaram à França vindos de Cabul.
A Itália informou que retirou quase 5.000 afegãos do Afeganistão.
A Suíça precisou contar com a Alemanha e com os EUA para ajudar a retirar 292 pessoas do Afeganistão. Ainda há 15 suíços, mas não há planos para novas operações de retirada.
A Espanha também terminou suas operações. Nesta sexta-feira, dois aviões militares levaram mais de 80 espanhóis de Cabul para Dubai. No voo havia ainda quatro portugueses e 83 afegãos.
No total, a Espanha retirou quase 2.000 afegãos que trabalharam com governos de países ocidentais no Afeganistão.
A Suécia também terminou suas operações em Cabul. No total, levou 1.100 pessoas. Entre elas estão todos os funcionários que trabalhavam na embaixada e seus familiares.
O último voo da Dinamarca saindo de Cabul foi na quarta-feira. O avião levou os últimos diplomatas e militares que ainda estavam no Afeganistão. No total, cerca de 1.000 pessoas vinculadas aos dinamarqueses deixaram o Afeganistão.
A Bélgica levou 1.400 pessoas. O último voo foi para Islamabad, a capital do Paquistão, na quarta-feira.
O governo holandês disse que tirou 2.500 afegãos do país. O embaixador da Holanda em Cabul deixou o Afeganistão no último voo, na quinta-feira.
Cerca de mil turcos deixaram o Afeganistão. Além deles, a Turquia ajudou a retirar outras 400 pessoas.
Mais de 40 mil pessoas deixaram o Afeganistão e foram para Doha, no Catar. As operações continuarão pelos próximos dias.
Os Emirados Árabes ajudaram a retirar 36.500 pessoas até o momento. Dessas, 8.500 foram recebidas no país.
Foram retirados cerca de 565 pessoas do Afeganistão, a maioria deles é de funcionários da embaixada. Também foram retirados afegãos hindus e sikhs.
Cerca de 4.100 pessoas foram retiradas —a maioria, 3.200, de afegãos. As operações da Austrália terminaram.
A Nova Zelândia fez três voos de Cabul, o último deles saiu na quinta-feira, antes do ataque.
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G1
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