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Nasi fala sobre o disco novo com o Diário de São Paulo

Nasi. - Imagem: Divulgação
Nasi. - Imagem: Divulgação
Marcelo Emerson

por Marcelo Emerson

Publicado em 08/02/2024, às 08h12


Nasi está de disco novo. O vocalista se consagrou com álbuns como “Mudança de Comportamento” e “Vivendo e Não Aprendendo”, na banda Ira! Transitou por projetos como Nasi e os Irmãos do Blues, Nasi e os Spoilers e Voluntários da Pátria.

Agora Nasi traz ao mundo um disco com oito músicas, “RockSoulBlues”, a maioria composta ou interpretada por artistas como Zé Rodrix, Tim Maia, Erasmo Carlos, Jerry Lee Lewis e Martinho da Vila.

Para falar sobre o álbum, Nasi conversou com este colunista e com o colaborador do canal Metal Musikast, Thiago Rahal Mauro.

Comecei perguntando o que levou Nasi a conceber um “álbum de intérprete” tão eclético. Segundo ele: “São canções que eu sempre queria gravar, fora das amarras de uma banda fixa. Como esse disco é o mais ‘de intérprete’ que eu fiz. E não é um disco de ‘band leader’, mas é um disco ‘de cantor’, eu poderia falar de todas as faixas, foram mergulhos, com bandas específicas e coprodutores específicos para me levar à roupagem definitiva [...] isso para mim, como cantor, é um disco que é bacana ser feito a essa altura da minha vida”.

O disco apresenta qualidade nivelada por cima, mas foi possível destacar algumas músicas durante a entrevista. Quando Rahal Mauro perguntou qual a característica do blues que mais marcou a origem do rock n’ roll, Nasi explicou que: “Eu posso citar uma faixa do meu disco, uma versão que fiz de uma música do Zé Rodrix, chamada ‘Devolve meus LP’s’, que originalmente é um rock n’ roll com guitarras e eu transformei num jump blues, aí é uma boa referência, se você quer pegar o pulo do gato da origem do rock, essa faixa é uma ótima referência”.

Destaque também para a versão do clássico “Dias de Luta”.Trata-se de uma música muito popular do Ira! É um dos hinos do rock BR dos anos 80 e já está no imaginário dos fãs, guardadas as proporções, perguntei se ele não teve algum temor de “retocar a Mona Lisa”, ao que o Nasi respondeu: “Não vou dizer que eu temi, mas eu sabia que seria desafiador. O feedback que tive dos fãs do Ira! É que todos adoraram. Mas eu não iria mexer disso se não soubesse que faria uma coisa diferente. Tanto que nessa versão não tem o riff de guitarra que é a marca registrada. Tem um naipe que insinua isso. Mostrei uma outra face que essa música poderia ter”.

Décadas de carreira musical, voz eternizada em álbuns clássicos do rock nacional e a criação de vários projetos musicais não contiveram a inquietação artística do Nasi“RockSoulBlues” é um disco artisticamente rico, repleto de detalhes que o tornam muito interessante e, acima de tudo, extremamente agradável de se ouvir.

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