por Renato Nalesso
Publicado em 06/11/2023, às 05h47
No último sábado o Fluminense superou o tradicional Boca Juniors no Maracanã e conquistou pela primeira vez a Copa Libertadores da América. Cenário mais favorável impossível, já que levantou a taça na frente de seu torcedor no Rio de Janeiro. Mas quem personificou demais esse título foi o técnico Fernando Diniz. O estilo exageradamente ofensivo e muitas vezes irresponsável taticamente sempre gerou muitas críticas por parte da mídia esportiva. E a verdade é que ao assumir a Seleção Brasileira sem ter sequer ter um título expressivo em quase 15 anos de carreira abriu sim margem para muita gente pensar coisa errada.
Entretanto 2023 foi uma virada de chave na carreira do Diniz. Retornou ao Flu onde tinha feito um trabalho bem ruim em 2018 e encaixou o planejamento e a equipe que queria. Tornou o time consistente taticamente e somou a isso bons valores individuais. Foi campeão do Estadual e o que parecia improvável aconteceu: veio a Libertadores e em grande estilo, superando os argentinos do Boca na decisão.
A partir de agora acho que o Diniz vai ter mais tranquilidade para trabalhar, não só em seu clube como também na Seleção Brasileira, onde vinha extremamente pressionado depois do empate com a Venezuela e a derrota para o Uruguai nas Eliminatórias da Copa. Particularmente acho um técnico com novos conceitos, mas um pouco supervalorizado. Se ele é tão diferenciado assim o tempo vai dizer. O start foi dado.
Erro claro do Mister
Quando o Dudu machucou ficou evidenciada a dependência do Palmeiras de seu camisa 7. Contrariando a lógica, o técnico Abel Ferreira seguiu suas convicções e começou a inventar um monte de alternativas para o setor de ataque, menos a mais óbvia: colocar o Endrick, principal revelação do futebol brasileiro dos últimos anos. Pois bem, o Verdão teve uma queda brutal de rendimento. Não ganhava mais de ninguém! E foi só o portuga parar de ser cabeça dura para as coisas se encaixarem. Com o camisa 9 como protagonista o Palmeiras virou o jogo contra o Botafogo para 4 a 3, onde ele fez dois gols, e fez o único gol da vitória contra o Athlético/PR. Graças ao menino de 17 anos o Palmeiras voltou a ter chances claras de título. Só faltou o Abel admitir que errou.
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