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Resenha com o Kascão

Desequilíbrio sem volta?

Mundial de Clubes - Imagem: Divulgação / FIFA
Mundial de Clubes - Imagem: Divulgação / FIFA
Renato Nalesso

por Renato Nalesso

Publicado em 25/12/2023, às 10h37


A Fifa organizou na Arábia o Mundial de Clubes e o que se viu foi uma disparidade técnica tão grande que o Manchester City, time comandado pelo técnico espanhol Josep Guardiola, deitou e rolou alcançando o título da competição mesmo tendo como desfalque dois dos melhores jogadores do mundo, o norueguês Haaland e o belga De Bruyne. Por mais empolgados e otimistas que estivessem os torcedores do Fluminense a goleada por 4 a 0 na final ainda saiu barato. Meio bizarro foi ver o técnico do Flu, o Fernando Diniz, falando que a equipe dele dominou os ingleses em determinado momento do jogo. Piada, vai!

Mas afinal a razão para esse desequilíbrio técnico é óbvia: os milionários clubes europeus levam todos os melhores jogadores do planeta para lá. Mas ouço e leio alguns especialistas falando: ‘Pra que Mundial se não dá pra competir?’. Será que não dá mesmo? Em 2012 eu estive no estádio de Yokohama no Japão e vi o Corinthians competir de igual para igual com o Chelsea. E por mais que os ingleses tivessem tido várias oportunidades para marcar, foi o Timão que ficou com a taça no final. Mesma coisa aconteceu com o São Paulo no ano anterior. O Inter de Adriano Gabiru também surpreendeu o poderoso Barcelona de Ronaldinho Gaúcho. Para não ir muito longe o Palmeiras deu sufoco no Chelsea e por pouco não fica com o inédito Mundial de 2021. Então onde está o problema?

Acho que a origem desse desequilíbrio é social. Os jogadores brasileiros dos principais times ficam milionários muito cedo e perdem a ‘fome’ de bola. Não querem se aprofundar no desenvolvimento tático e nem técnico. O resultado disso é que se formam equipes campeãs de futebol questionável, como o caso do próprio Fluminense, que durante o ano não vencia ninguém em jogos fora de casa.

Mas dá para em algum momento voltar a competir com esses europeus? A rotação dos gringos é absurdamente diferente. Sobretudo do ponto de vista físico. Ou seja, se jogador parar de ser vagabundo e focar, dá sim para competir e voltar a vencer. Para isso precisa reciclar muita coisa.

Presente de Natal para Fiel

O presidente eleito do Corinthians, Augusto Melo, prometeu pelo menos 13 reforços para a disputa da temporada 2024. Até agora só anunciou o volante Raniele, que veio do Cuiabá sem prestígio algum. A Fiel aguarda ansiosamente por um nome impactante e nos bastidores dizem que é sim o Gabriel Barbosa, o Gabigol. Ou seja, por mais que a diretoria do Flamengo esteja fazendo jogo duro, a expectativa é que o jogador seja liberado até por ser vontade dele e pelo excesso de jogadores da posição que o Mengão tem no elenco. O próprio Tite não quer trabalhar com ele. Agora independente da chegada do Gabigol, o presidente Augusto agora que já ganhou a eleição tem que parar de ficar dando entrevistas e começar a trabalhar firme para o Corinthians não passar vergonha em mais uma temporada.

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