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COLUNA

De Olho no Poder

Jair Bolsonaro. - Imagem: Divulgação / PL
Jair Bolsonaro. - Imagem: Divulgação / PL

Jair Viana Publicado em 29/02/2024, às 09h27


IGREJA - A igreja evangélica brasileira meteu-se numa enrascada cujo preço a pagar é muito previsível. Nunca em sua história se viu um engajamento tão forte como ao bolsofascimo. Não se pode incluir toda a comunidade, pois Bolsonaro conseguiu partir a igreja ao meio. Muita gente deixou a igreja que frequentava.

PERDÃO - A geração futura dessa massa evangélica, hoje manipulada por uma liderança mais interessada no poder político que no papel verdadeiro da igreja, por certo sentirá a necessidade de pedir perdão pela decisão errática, lamentável e vergonhosa deste momento vivido.

CONTRADITÓRIO - O quadro de maior preocupação é ver parte da igreja aderindo a um movimento político com ideias e propostas diametralmente opostas ao verdadeiro e puro Evangelho pregado por Jesus Cristo. Tal postura é perigosa, pois sinaliza concordância com tudo o que Bolsonaro faz e fala. A igreja acaba bancando os erros do movimento político ao qual aderiu.

GOLPE - Na versão do presidente Lula (PT), a manifestação chamada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ocorrida no domingo (25) na Paulista, em São Paulo, foi um manifesto em defesa do golpe de Estado.

CUIDADO - Para Lula, é preciso estar atento, pois Bolsonaro ainda mobiliza uma gente que defende o golpe de Estado que estava sendo engendrado pelo líder da extrema-direita bolsofascista. "Essa gente está demonstrando que eles não estão para brincadeira".

REALIDADE - Lula observou a manifestação com um olhar realista. Ao reconhecer o tamanho da mobilização, o presidente não está elogiando o adversário político, mas alertando os movimentos e partidos políticos, a sociedade em geral, sobre a presença ainda latente do bolsofascismo.

RESPOSTA - Em contraponto à manifestação bolsofascista, o Partido dos Trabalhadores (PT) fez nesta quarta-feira (28) um manifesto pela internet. O partido avaliou o risco de fazer uma manifestação pessoal no mesmo palco usado por Bolsonaristas e reunir um público menor, o que soaria como uma derrota.

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