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De Olho na Cidade, por Fábio Behrend

Pingue-pongue do Poder com prefeito de Santo André e uma solução para o futuro do lixo na cidade

Prefeito de Santo André, Paulo Serra. - Imagem: Reprodução | G1
Prefeito de Santo André, Paulo Serra. - Imagem: Reprodução | G1

Fábio Behrend Publicado em 22/12/2023, às 07h26


Prefeito de Santo André, Paulo Serra se prepara para seu último ano de mandato com o desafio de conduzir a reconstrução do PSDB paulista. Depois de um início de governo confuso em 2017, ajustou as velas e foi reeleito em 2020 com tranquilidade. Com aprovação recorde de mais de 80%, Serra está confiante de que vai reeleger seu sucessor, necessariamente um integrante do PSDB.

O senhor tem conduzido sua sucessão de maneira transparente, realizando inclusive reuniões com a presença de todos os postulantes à sua sucessão. É possível citar nomes?

Paulo Serra: Ainda estamos um passo atrás da hora de decidir, mas o time é coeso e competente. Temos o vereador Pedrinho Botaro, o secretário de Saúde Gilvan Junior, o de Esportes Marcelo Chehade, o ex-secretário de governo Leandro Petrin, o vice Luis Zacarias... estamos definindo o conceito, testando o perfil pra decidir se (o candidato) será mais técnico, mais político, mais jovem, mais parecido comigo, ou não. Fui o capitão desse barco e agora sou um timoneiro. O futuro capitão deve ter a qualidade de manter a equipe unida. Deve ser um agregador.

O senhor é presidente estadual do PSDB, que por conta da polarização política perdeu muito espaço no estado nos últimos anos. Como é administrar Santo André e os tucanos paulistas ao mesmo tempo?

Paulo Serra: O grande desafio pessoal é administrar tempo.O partido está num inédito momento de reconstrução, curando as feridas do processo de divisão e é preciso olhar com carinho para nossas candidaturas no interior. Enquanto isso temos que manter o trabalho e os índices de aprovação na cidade, continuar cuidando de Santo André. Mas o curioso é que de alguma forma o ABC se blindou dessa polarização e isso facilita administrar as duas funções.

Muitos prefeitos reclamam da dificuldade de acesso e da falta de habilidade política em algumas secretarias estaduais. Como o senhor avalia a relação atual do Palácio dos Bandeirantes com os prefeitos do estado?

Paulo Serra: Eu sou muito compreensivo com o primeiro ano de gestão. É muito difícil montar time, reorganizar. Eu herdei a questão do PT, que governou Santo André muito tempo. Já o governo Tarcísio teve uma transição mais fácil, foram 28 anos de PSDB no estado. A relação do governo com Santo André foi saudável, conseguimos boa parte de nossas demandas mais importantes. Mas posso dizer que esse primeiro ano com Tarcísio foi melhor para Santo André do que o primeiro ano com João Dória.

Lixo Elétrico

Usinas que transformam lixo em energia elétrica sem poluir o meio ambiente fazem sucesso no exterior e estão chegando ao Brasil. Os representantes da empresa norte-americana que tem mais de 500 plantas espalhadas pelo mundo já identificaram 6 grandes áreas que poderiam receber usinas na cidade de São Paulo e outras dezenas de lugares aptos pelo país.

Vantagens e Investimento

Além de gerar energia limpa, as usinas também ajudam a resolver um problema grave das grandes cidades, os aterros sanitários, que em muitos casos operam além do limite. Em vez de mais lixo, esses aterros passariam a receber apenas cinzas. O investimento por unidade é de cerca de 1 bilhão de reais. Grandes bancos e BNDES aprovaram a ideia. Governadores e prefeitos de grandes cidades têm encontros marcados com representantes da empresa no início do ano.

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