Diário de São Paulo
Siga-nos
De Olho na Cidade, por Fábio Behrend

Pingue-pongue do Poder com o secretário Arthur Lima e os bastidores do orçamento na Câmara Municipal

Secretário da Casa Civil, Arthur Lima. - Imagem: Reprodução | Instagram
Secretário da Casa Civil, Arthur Lima. - Imagem: Reprodução | Instagram
Fábio Behrend

por Fábio Behrend

Publicado em 01/12/2023, às 05h48


Cotado para ser vice de Ricardo Nunes ou mesmo para suceder Tarcísio, caso ele dispute a presidência, o secretário da Casa Civil Arthur Lima é estrela em ascensão no Palácio dos Bandeirantes. Ele não quis falar de eleições e respondeu sobre duas questões que tem desgastado a relação do Palácio dos Bandeirantes com as prefeituras do interior.

O senhor chegou ao PP de Ciro Nogueira há pouco tempo e já é tratado
como estrela no partido, que tenta emplacar o vice de Ricardo Nunes. Mas também pode ser candidato à sucessão do governador em 2026. Qual cenário se aproxima mais da realidade?

Arthur Lima: Neste momento estou focado em fazer um bom trabalho à frente da Casa Civil do Governo de São Paulo, ao lado do governador Tarcísio, para melhorar a vida das pessoas e implementar políticas públicas eficientes que atendam às necessidades dos municípios do Estado.

O programa Viva Leite completou 30 anos e beneficia mais de 300 mil pessoas no estado. Noticiamos no último dia 10 que o senhor encomendou estudos para acabar com o programa. O Viva Leite será extinto ou substituído por outro programa?

Arthur Lima: O programa Viva Leite é exemplo de uma política pública que deu certo e, justamente por existir há tanto tempo, pode ser aperfeiçoada de acordo com a realidade atual e com as necessidades das pessoas, que não são as mesmas da década de 1990. A Secretaria de Desenvolvimento Social sugeriu algumas mudanças no programa e eu solicitei um estudo para a área técnica da Casa Civil para que possamos avaliar outras possibilidades, melhorando a logística de distribuição e os processos de controle. O objetivo do Governo do Estado não é acabar com o programa, pelo contrário, queremos aperfeiçoar essa política pública para que possa, inclusive, receber mais investimentos.

Como o senhor enxerga a crescente insatisfação de prefeitos do interior, primeiro com as mudanças de regras impostas pelo DER no programa das vicinais, que prejudicaram diretamente mais de 60 cidades e recentemente por conta da queda de mais de 80% no volume de convênios assinados com os municípios?

Arthur Lima: O meu gabinete tem as portas abertas para todos os prefeitos do Estado, deputados e vereadores, com os quais mantenho um diálogo aberto e constante. Ao assumir, a atual gestão do DER iniciou a requalificação de todos os projetos. Em estradas municipais, por exemplo, as obras foram licitadas com projeto básico e necessitavam de detalhamento, o que gerava custos extras com aditivos contratuais. Além disso, o orçamento aprovado na gestão passada destinado a estradas municipais previa apenas as obras que já estavam em andamento. No momento, o Governo viabiliza recursos para atender as solicitações das prefeituras e iniciar as obras da próxima fase o mais rápido possível.

Acordo no orçamento

Senival Moura, líder do PT, reclamou na reunião do Colégio de Líderes, antes da votação do orçamento em primeiro turno, que boa parte das emendas dos vereadores petistas não estavam sendo contempladas. Mas anunciou, mesmo assim, que a bancada votaria a favor da proposta inicial, deixando a inclusão das emendas para o substitutivo final, que será votado até a terceira semana de dezembro.

Oposição governista

Meus companheiros de bancada confiam em mim”, disse Senival, lembrando que teve a garantia do relator Sidney Cruz que as emendas seriam contempladas. Rodrigo Goulart não perdoou. “É um caso inédito, o líder da oposição é governista”. A gargalhada foi geral.

Compartilhe  

últimas notícias