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De Olho na Cidade, por Fábio Behrend

Operação Delegada ampliada, polêmica em projeto cultural e os movimentos de Tábata Amaral para se tornar mais conhecida

Operação Delegada - Imagem: Divulgação / SECOM
Operação Delegada - Imagem: Divulgação / SECOM
Fábio Behrend

por Fábio Behrend

Publicado em 24/11/2023, às 08h00


Operação Delegada

Aprovado na quarta-feira, o projeto que aumenta a remuneração de policiais civis, militares e guardas-civis, e ainda traz bombeiros para fazer a poda de árvores, tudo sob o guarda-chuva da Operação Delagada, estava pronto para ser votado há mais de um mês. 

Desistimos de esperar

O bico oficial das policias só não foi votado antes porque a Câmara Municipal aguardava Governo do Estado e Alesp aprovarem projeto semelhante, para não criar disparidades na remuneração de quem trabalha em dia de folga, como noticiamos em outubro. Nada aconteceu e policiais que atuarem na operação fora da cidade de São Paulo vão ganhar menos do que quem servir na capital. “Desistimos de esperar, no Estado as coisas estão muito lentas”, afirmou um vereador.

Cristãos x progressistas

Uma disputa entre vereadores evangélicos e de esquerda quase trava a pauta de votações de projetos de vereadores na Câmara. Tudo por causa do PL 461/ 2016, de autoria do ex-vereador Nabil Bonduki, do PT, que foi ressuscitado pela vereadora Elaine do Quilombo e cria o PIA – Programa Infância e Arte. A ideia é que artistas selecionados por editais ofereçam programação pedagógica e cultural para crianças de 5 a 14 anos. O projeto só passou pela primeira votação por conta de um acordo entre cristãos e progressistas. 

Obstrução

Liderados por Sansão Pereira, os vereadores evangélicos reclamavam das cotas para negros e público LGBTQIA+ na contratação dos artistas, que foram incluídas em texto substitutivo apresentado por Elaine do Quilombo. Na negociação para destravar tudo, ficou acertado que só o texto original, sem cotas, poderia avançar.

2º round

O acordo também prevê que será elaborado um novo substitutivo, negociado entre os opostos, para uma eventual segunda votação. Será um embate ideológico. Sansão Pereira afirma que o conteúdo do programa deve ter critérios claros, para evitar casos como o de um vídeo que viralizou em agosto, gravado numa escola do Rio de Janeiro. “Já imaginou, está lá o seu filho de 5 anos na escola e entra o cavalo tarado? Não vamos permitir isso”.

Conselhos

Rafael Saraiva foi chefe de gabinete de Felipe Becari na Câmara Municipal. Eleito deputado estadual, foi autor da lei que proíbe a venda de animais de estimação em pet shops e feiras ao ar livre em todo o estado. Rafael se reuniu com Milton Leite essa semana. Na pauta, dois pedidos do jovem deputado ao presidente da Câmara. Primeiro a criação de um núcleo de defesa dos animais no União Brasil. “Fui eleito presidente da Comissão de Habitação da Alesp, por isso também vim em busca de alguns conselhos”. 

Agenda cheia

Tábata Amaral tem se reunido com frequência com lideranças políticas da capital para conseguir apoios e se tornar mais conhecida. Na quinta-feira encontrou-se com Andrea Matarazzo, com uma vereadora da base do prefeito e depois com dissidentes de partidos como PSDB, PP, MDB, PT e PSOL que decidiram não apoiar seus candidatos no ano que vem. 

Subprefeitos

No grupo de dissidentes, liderado por Maurício Martins, havia sete ex-subprefeitos. Martins trabalhou com Salim Curiatti Jr e Celso Jatene, foi subprefeito de Itaquera na gestão de Fernando Haddad e passou por outras três subprefeituras nas gestões de João Dória e Bruno Covas. O grupo vai colaborar na elaboração do programa de governo de Tábata.

Em tempo

Sem comentar o assunto, Tábata Amaral apenas me confirmou que o argentino Pablo Nobel será o marqueteiro de sua campanha.

Contato: [email protected]

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