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#TBT olímpico: na véspera dos Jogos de Tóquio, relembre os sete ouros do Brasil na Rio 2016

Um dia. A longa espera pelos Jogos de Tóquio está perto do fim. Apesar de algumas competições já estarem em andamento, a cerimônia de abertura das Olimpíadas

OLIMPICO
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Redação Publicado em 22/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 08h33


Um dia. A longa espera pelos Jogos de Tóquio está perto do fim. Apesar de algumas competições já estarem em andamento, a cerimônia de abertura das Olimpíadas acontece nesta sexta-feira, às 8h (de Brasília; 20h locais). Com a ansiedade batendo na porta e no clima de #tbt desta quinta, o ge relembra as sete medalhas de ouro do Brasil na Rio 2016. Confira!

Rafaela Silva (judô)

Com 24 anos na época, a judoca conquistou o primeiro ouro do Brasil nas Olimpíadas de 2016. Nascida e criada na favela Cidade de Deus, no Rio, Rafaela enfileirou cinco adversárias, superando o trauma de 2012, quando foi desclassificada por um golpe ilegal, e entrou na história. Na final do peso-leve (até 57kg), a atleta de 1,69m se agigantou e venceu por wazari a judoca da Mongólia Sumiya Dorjsuren, líder do ranking mundial na ocasião.

É ouro!!! Rafaela Silva vence final olímpica e garante primeira medalha de ouro do Brasil

É ouro!!! Rafaela Silva vence final olímpica e garante primeira medalha de ouro do Brasil

Flagrada no exame antidoping durante os Jogos Pan-Americanos de 2019, Rafaela Silva está fora de Tóquio 2020. Ela foi punida com dois anos de exclusão e entrou com um recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS) para tentar a redução da pena, mas teve seu pedido negado.

Thiago Braz (salto com vara)

De Marília (SP) para o mundo. O segundo ouro brasileiro em 2016 veio com Thiago Braz, o tímido jovem de 22 anos na época. O atleta conseguiu afastar fantasmas do passado e a pressão pelo pódio para ultrapassar pela primeira vez a marca dos seis metros e desbancar o recordista mundial, o francês Renaud Lavillenie, que ficou com a prata. Dentro de um Nilton Santos lotado, ele saltou exatos 6,03m, conquistou o ouro inédito e ainda garantiu um novo recorde olímpico.

É ouro! Thiago Braz quebra recorde olímpico e vence o favorito na Rio 2016

É ouro! Thiago Braz quebra recorde olímpico e vence o favorito na Rio 2016

Há pouco menos de um mês, Thiago conseguiu sua melhor marca na temporada: 5,82m na Continental Tour, na Polônia. O salto rendeu o quarto lugar no torneio e o colocou em sétimo no ranking mundial. Sua estreia em Tóquio está marcada para 30 de julho.

Robson Conceição (boxe)

Mais um ouro histórico em cima de um francês: Robson Conceição, com 27 anos em 2016, deu ao Brasil a primeira medalha dourada em Olimpíadas no boxe. Após perder nas estreias em Pequim 2008 e Londres 2012, o baiano chegou à final da categoria peso leve (até 60kg) nos Jogos do Rio e derrotou Sofiane Oumiha por decisão unânime, com 3 a 0 (30-27, 29-28 e 29-28), fazendo o Pavilhão 6 do Riocentro ir à loucura.

Robson Conceição vence Sofiane Oumiha por decisão unanime e é ouro no boxe

Robson Conceição vence Sofiane Oumiha por decisão unanime e é ouro no boxe

Após a conquista olímpica, Robson se profissionalizou e, com isso, não estará nos Jogos de Tóquio. O atleta disputará seu primeiro título mundial em setembro diante do mexicano Óscar Valdez, atual campeão super-pena do Conselho Mundial de Boxe (WBC).

Kahena Kunze e Martine Grael (vela)

Nada como se sentir em casa. Foi na Baía de Guanabara, onde começaram a velejar juntas, que Kahena e Martine venceram a regata da classe 49erFX e se tornaram campeãs olímpicas em 2016. Com família e amigos na areia, a dupla fez uma prova que beirou a perfeição, com direito a ultrapassagem no final, e garantiu o quarto ouro brasileiro nos Jogos do Rio. A prata ficou com a dupla da Nova Zelândia, Alex Maloney e Molly Meech, e o bronze com as dinamarquesas Jena Hansen e Katja Steen Salskov-Iversen.

Com virada, brasileiras conquistam medalha de ouro na vela 49er

Com virada, brasileiras conquistam medalha de ouro na vela 49er

Martine e Kahena se mantiveram entre as melhores do mundo durante o ciclo e chegam a Tóquio como favoritas a repetir a dose.

Alison e Bruno (vôlei de praia)

Sob forte chuva e na raça, Alison e Bruno venceram os italianos Nicolai e Lupo por 2 sets a 0 (21/19 e 21/17) e colocaram o Brasil no lugar mais alto do pódio olímpico 12 anos depois de Emanuel e Ricardo serem campeões em Atenas 2004. A dupla fez jogo equilibrado e levou o público em Copacabana ao delírio a cada ponto para, no fim, soltar o grito de “É campeão”.

Melhores momentos: Alison/Bruno 2 a 0 Nicolai/Lupo na final do vôlei de praia masculino

Melhores momentos: Alison/Bruno 2 a 0 Nicolai/Lupo na final do vôlei de praia masculino

Em maio de 2018, os atletas, que foram campeões de quase tudo em quatro anos e meio de parceria, anunciaram o rompimento. Em Tóquio, Alison estará com Álvaro Filho, e Bruno ao lado de Evandro. Veja os adversários do Brasil no vôlei de praia nos Jogos de 2020.

Futebol masculino

O tão esperado ouro olímpico no futebol masculino, enfim, chegou em 2016. E chegou logo dentro de casa, dentro do Maracanã. Após empatar em 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, a Seleção comandada por Rogério Micale bateu a Alemanha por 6 a 5 nos pênaltis, com defesa de Weverton e 100% de aproveitamento nas cobranças. Neymar, que havia aberto o placar aos 26 do primeiro tempo em cobrança de falta perfeita, foi o último a marcar nas penalidades. Meyer foi quem empatou para os alemães, aos 13 da segunda etapa.

Os gols de Brasil (5) 1 x 1 (4) Alemanha na decisão do ouro Olímpico

Os gols de Brasil (5) 1 x 1 (4) Alemanha na decisão do ouro Olímpico

A estreia do Brasil em Tóquio, inclusive, será uma revanche da última final: a Seleção encara a Alemanha antes mesmo da cerimônia de abertura e entra em campo nesta quinta-feira, às 8h30 (horário de Brasília).

Vôlei de quadra masculino

Assim como nas areias, o vôlei de quadra voltou ao topo 12 anos depois. Após as pratas de Pequim 2008 e Londres 2012, Bernardinho viu seus comandados se agigantarem frente à Itália e vencerem com autoridade a final por 3 sets a 0 (25/22, 28/26 e 26/24). Isso depois de uma primeira fase conturbada e em meio às lesões de Lipe, Lucarelli e Maurício Souza. O tricampeonato ainda coroou o veterano Serginho, remanescente de Atenas e que se despediu da seleção brasileira em grande estilo: como o maior medalhista do país em esportes coletivos.

Melhores momentos: Brasil 3 x 0 Itália na decisão do ouro Olímpico

Melhores momentos: Brasil 3 x 0 Itália na decisão do ouro Olímpico

Como de costume, o Brasil chega a Tóquio como um dos favoritos ao ouro e com a moral elevada após a recente conquista da Liga das Nações. Esta será a primeira vez que Renan Dal Zotto, que sofreu gravíssimas complicações com a Covid-19 no início deste ano, comandará a seleção em uma edição das Olimpíadas.

Além dos ouros…

Em 2016, o Brasil terminou as Olimpíadas com 19 medalhas e na 13ª posição: além dos sete ouros, foram seis pratas e seis bronzes. Foi o melhor desempenho do país na história dos Jogos.

Quem levou a prata?

  • Ágatha e Bárbara (vôlei de praia)
  • Arthur Zanetti (argolas na ginástica artística)
  • Diego Hypólito (solo na ginástica artística)
  • Felipe Wu (tiro esportivo)
  • Isaquias Queiroz (canoa individual 1.000m)
  • Isaquias Queiroz e Erlon de Souza (canoa dupla 1.000m)

E quem ficou com o bronze?

  • Arthur Nory (solo na ginástica artística)
  • Isaquias Queiroz (canoa individual 200m)
  • Maicon Siqueira (taekwondo mais de 80kg)
  • Mayra Aguiar (judô até 78kg)
  • Poliana Okimoto (natação 10km)
  • Rafael “Baby” Silva (judô mais de 100kg)

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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