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Sylvinho vê clássico “de luta e entrega” e analisa trabalho: “Time com a cara do Corinthians”

Técnico do Corinthians, Sylvinho chegou à sala de imprensa da Neo Química Arena na madrugada desta quinta-feira para analisar a partida sem gols com o São

CORINTHIANS
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Redação Publicado em 01/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 08h38


Técnico também explica mal-entendido em despedida de Jemerson nesta quarta

Técnico do Corinthians, Sylvinho chegou à sala de imprensa da Neo Química Arena na madrugada desta quinta-feira para analisar a partida sem gols com o São Paulo, nesta quarta-feira, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. O técnico classificou o Majestoso como um jogo de “entrega e luta” e pouco destaque ofensivo.

– A análise é de clássico, jogo disputado em cada palmo do campo, dois times organizados taticamente, conceitos definidos. Nosso um 4-1-4-1, São Paulo com linhas de três, atacante revezando, esquemas tiveram que se encaixar. Prevaleceu entrega e poucas chances de gol, difícil terminar as jogadas – disse Sylvinho, em sua primeira resposta.

O técnico, mais tarde, analisou seus primeiros 30 dias de trabalho e viu evolução:

– O time é a cara do Corinthians, que também é a nossa cara. O caminho é esse. Estar valente em campo em todos os momentos. Vejo um Corinthians organizado, defendendo bem, sofrendo menos. Outras fases virão. Trinta dias de trabalho e estamos buscando melhora. Contentes com a entrega que está sendo. Foram seis, sete, oito jogos, temos que cuidar de parte ofensiva, meio-campo, criação. Time é a cara do Corinthians.

Sylvinho falou ainda sobre Jô. O centroavante chegou ao quarto jogo seguido como titular e fez o que lhe foi pedido pela comissão técnica: segurar e prender a bola para esperar a aproximação dos companheiros. Para o técnico, um dos mais lúcidos do ataque corintiano.

– Em partes, o Jô sim tem realizado um trabalho muito bom para o time. Conversamos. Tem oxigenado o time com retenções. Característica que tem condições amplas de fazer. Tem feito gols, hoje não foi o caso. Os demais se sacrificaram na parte defensiva. Ofensivamente, nenhum dos dois times prevaleceu. Defensores e meias de ambos os times prevaleceram. Jogo físico, tático, jogo de entrega – completou.

Mal-entendido com Jemerson

Em determinado momento do jogo, Jemerson foi chamado para entrar em campo no lugar de Fagner, mas a substituição não aconteceu. Seria a última chance do defensor jogar pelo Corinthians, já que seu contrato se encerrou há poucas horas, na noite da última quarta. Sylvinho explicou a situação.

– Foi um mal-entendido. Fagner não treinou, fez exame, mas estava ok. Estávamos prevendo uma possível mudança com a entrada do Jemerson e passar o João para a direita. Não sabíamos como Fagner terminaria. No segundo tempo, entendi um gesto dele. Ele tinha afirmado bem e diz depois com as mãos de que teria acabado, seria o fim para ele. Quando íamos fazer a mudança, Fagner diz estar bem. Pedi desculpas ao Jemerson. Nível alto de atleta, entendeu direito. No vestiário, Fagner explicou tudo a ele – contou Sylvinho.

Na esteira da defesa, o técnico foi questionado sobre as mudanças no setor: Bruno Méndez foi emprestado ao Internacional, Danilo Avelar negocia uma rescisão amigável de contrato após um episódio de racismo e Jemerson não tem mais vínculo ativo com o clube. As soluções serão caseiras.

– Vamos buscar soluções no elenco, tem atletas que podem fazer. O Gil está muito seguro, João jogando bem, temos o Raul, entre outros. Vamos buscar dentro do grupo. Estamos felizes com o desempenho e vamos dar continuidade para eles para que sigam performando.

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Veja outros pontos da entrevista coletiva de Sylvinho:

Falta de opções no ataque
– Vitinho pode jogar de meia pela esquerda ou direita, externo. Vital pode ser segundo atacante. São atletas que fazem duas funções dentro de campo e isso nos ajuda a otimizar sem usar mudanças a mais.

Espetáculo ruim
– Extremamente fraco me parece excesso. Jogo de entrega, luta, como é um clássico. Se fosse para escolher, preferíamos ter ganhado. Se fosse para empatar, 4 a 4. Jogo disputado, entrega, tático, pouco espaço. Times se defendendo e parte técnica não prevaleceu em nenhum lado.

Mais sobre o mês de trabalho e poucas alterações no jogo
– O balanço está em cima da resposta anterior. Estamos trabalhando todos os dias para organizar bem, dar performance, clareza para os jogadores. Houve melhoras. Terão outras e seguiremos. Sobre mudanças, parte sim dos cuidados de quando se trata de uma construção, conexões, parte defensiva, ataque, estratégias, treinamentos, levamos tantas informações que é perigoso mexer demais e não potencializar o time. Temos jovens, quanto mais mudança, você perde a realidade. Pode não ser resposta imediata e conexão não funcionar. Vamos tentar acelerar para que depois as outras mudanças ocorram de maneira tranquila. Fazer uma mudança que não potencialize e possa não render bem, é um problema para nós. Temos que ajudar o time em campo.

Chutes de fora da área
– O chute é recurso do jogador. Óbvio que há uma característica que tem potencia no chute. Nosso time é de construção, de pé, entre linhas, é um time que nossa segunda linha… Vitinho tem arremate, Cantillo, Roni, Gabriel, Xavier, não tem. Os demais são externos que podem fechar e chutar. Gustavo é nosso externo da parte direita, tem mais um segundo passe antes do jogo. É do time. Não é simples fomentar isso.

Empate passou pelo jogo abaixo de Mosquito?
– Não só o Gustavo. A parte ofensiva de ambos os times não prevaleceram. Prevaleceu entrega, luta, tática, mas a parte técnica ofensiva de ambos os times foram neutralizadas. O Gustavo não teve a melhor noite, assim como outros. O rival coloca situações que prejudicam nosso jogo e nós fazemos o mesmo. É excepcional, tem todo o carinho do grupo, é brilhante, um doce de rapaz, boa performance, estamos muito felizes com ele.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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