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Sérvia é acusada de racismo contra tailandesas na Liga das Nações

A líbero Sanja Djurdevic, da Sérvia, está sendo acusada de racismo contra o time da Tailândia na Liga das Nações, disputada em Rimini, na Itália. Durante a

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Redação Publicado em 02/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h03


Líbero Sanja Djurdevic fez gesto racista contra Pleumjit Thinkaow durante partida entre seleções. Asiáticas recebem apoio de rivais como EUA, e FIVB diz que está analisando caso

A líbero Sanja Djurdevic, da Sérvia, está sendo acusada de racismo contra o time da Tailândia na Liga das Nações, disputada em Rimini, na Itália. Durante a partida entre as duas seleções, na terça-feira, a jogadora sérvia zombou de um erro da rival Pleumjit Thinkaow e puxou os olhos com os dedos. O gesto, uma tentativa de imitar os traços orientais, é encarado como racismo e foi criticado nas redes sociais.

Após a partida, que terminou em vitória da Sérvia por 3 sets a 0, a jogadora se desculpou, assim como a federação de vôlei do país. Segundo nota oficial, Sanja não teve a intenção de atacar as rivais.

– Pedimos sinceras desculpas à equipe da Tailândia, ao povo da Tailândia e a todos os afetados por isso. Mas, por favor, não exagere! Sanja está ciente de seu erro e imediatamente pediu desculpas a toda a equipe da Tailândia. Ela só queria mostrar às suas companheiras: “Vamos começar a jogar na defesa como eles agora”. Ela não quis desrespeitar. Claro, foi lamentável. Mas foi um simples mal-entendido, e tudo terminou em um clima amistoso entre as jogadoras das duas equipes – disse a nota.

Sanja, após o jogo, foi ao vestiário da Tailândia para pedir desculpas. Alvo do gesto, Pleumjit Thinkaow disse ter aceitado as desculpas da rival.

– Djurdevic veio até nosso vestiário. Ela disse que estava muito estressada e que não tinha a intenção de nos ofender. Por favor, perdoem ela – afirmou.

Jogadoras de Tailândia e Sérvia na Liga das Nações — Foto: Reprodução

Jogadoras de Tailândia e Sérvia na Liga das Nações — Foto: Reprodução

O gesto, porém, está sendo analisado pela Federação Internacional de Vôlei. Em post nas redes sociais, a entidade disse ser contra qualquer forma de discriminação e que “vai continuar trabalhando incansavelmente com todas as federações para que esses valores sejam refletidos em toda a comunidade” do vôlei.

A Tailândia recebeu o apoio de outras equipes. Em seu perfil oficial, a seleção dos Estados Unidos se posicionou contra o racismo.

– Estamos muito desapontadas ao ver o comportamento depreciativo direcionado ao time tailandês. É uma oportunidade para todos os competidores, fãs e toda a comunidade de vôlei para criar um local seguro para competir – diz a publicação dos EUA, que encerra com uma hashtag com a afirmação “parem com o ódio aos asiáticos”.

Em 2019, o mesmo gesto causou polêmica. Após garantir vaga para as Olimpíadas de Tóquio, a seleção masculina da Argentina festejou puxando os olhos. Os jogadores foram muito criticados e pediram desculpas. À época, a FIVB pediu explicações, mas não tomou nenhuma outra medida.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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