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Próxima de fim de suspensão, Istela Nunes ainda não entende falha em doping: “Nunca usei”

Promessa do MMA brasileiro, a lutadora paulista Istela Nunes estava com estreia marcada no UFC para 21 de setembro de 2019, logo contra Angela Hill, quando

ISTELA
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Redação Publicado em 30/05/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h47


Lutadora peso-palha garante que jamais usou substância proibida, explica problema com visto que atrasou seu retorno aos EUA e admite ansiedade para estreia adiada no UFC

Promessa do MMA brasileiro, a lutadora paulista Istela Nunes estava com estreia marcada no UFC para 21 de setembro de 2019, logo contra Angela Hill, quando uma notícia surpreendente tirou seu chão. Ela foi flagrada num exame antidoping fora do período de competição com metabólitos de estanozolol, um agente anabólico, e recebeu uma suspensão de dois anos.

Mais chocante que ter um sonho adiado foi o resultado positivo para doping de uma atleta que jura jamais ter usado substâncias proibidas na carreira. Com o período de gancho prestes a expirar em 22 de julho, Istela ainda não sabe explicar como foi pega por algo que, segundo ela, nunca fez.

– Foi bem confuso pra gente no começo acreditar nisso, porque eu nunca usei nenhum tipo de anabólico. Nem na época do ONE, que podia (Nota do editor: o ONE Championship iniciou seu programa de controle antidoping em 2019, depois de Istela deixar a organização), nunca tive nem curiosidade, na real sempre tive medo disso. Mas aconteceu, e eles falaram na época que tinha uma quantia, que na real tinha (como) um fio de cabelo saindo do meu corpo. A gente tentou achar de várias maneiras como aconteceu, mas eu não sabia de onde veio, todo mundo perguntando se eu tomei alguma coisa. Se eu tivesse realmente tomado, eu falaria, e seria muito melhor, poderia ter uma punição de menos tempo, mas eu realmente não sei até hoje o por quê – contou a lutadora ao Combate.com.

Apesar da decepção e do atraso na sua carreira, Istela Nunes parece em paz com tudo o que aconteceu. Ela admite que ficou muito mal no início, mas atualmente responde a perguntas sobre o caso sem problemas. Ficou no passado, e a hora de seguir adiante e estrear no UFC está chegando.

Já chegou até a ser marcada para 31 de julho, contra Jinh Yu Frey, mas precisou ser cancelada. Um problema com o visto de entrada nos EUA impediu Istela de retornar ao país. Ela estava morando na Flórida e treinando na American Top Team em 2019 quando assinou para enfrentar Angela Hill e ficou um pouco além do período de vigência de seu visto da época.

– Eu tinha que vir embora, porque ia expirar o tempo do meu visto. Eles pediram pra eu ficar que depois eles arrumariam isso. Fiquei três semanas ilegal lá. Mas coincidiu de eu ser pega no doping, e eu precisava vir para ficar com minha família. Acho que é por isso que está demorando (para emitirem novo visto), por eu ter ficado essas três semanas ilegal lá.

Istela já não tinha possibilidade de lutar por conta da suspensão, aí veio a pandemia do novo coronavírus e tirou sua possibilidade de treinar e dar aulas pela maior parte de 2020. Por sorte, ela conta com o apoio do treinador Márcio Fofão, do Clube da Luta do Rio de Janeiro, e do patrocínio de “pessoas anônimas” para se manter. No fim das contas, isso ajudou o período afastada a passar mais rápido, e agora a ansiedade para retornar ao cage está aumentando.

– Parecia que nunca ia chegar, mas até que passou bem rápido esses dois anos, achei que demoraria mais. Estou mega ansiosa, não vejo a hora de poder lutar, faz um tempão que eu não luto. Vontade de sentir essa adrenalina, essa pegada de luta que há muito tempo eu não sei. Mas os treinos continuam. A gente foi pego de surpresa de novo por causa do visto, mas a gente continua na luta, treinando todo dia, nada mudou. E é esperar. Esperou esses dois anos e pouquinho, espera mais um pouco – concluiu Istela Nunes.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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