Murray cai para Tsitsipas em batalha de alto nível no US Open

O destino e seu corpo praticamente decretaram o fim. Mas Andy Murray se recusou. E, mais uma vez, provou que nenhum resultado vai tirar sua grandeza. Ex-número 1 do mundo e atual #112, o britânico campeão do torneio em 2012 teve uma grande atuação, lutou do início ao fim, mas acabou sucumbindo diante de Stefanos Tsitsipas (#3) na estreia do US Open. Um dos favoritos ao título em Nova York, o grego ficou em apuros, mas reagiu e venceu por 3 sets a 2, de virada, parciais de 2/6, 7/6 (7), 3/6, 6/3 e 6/4, em uma batalha de 4h48 de duração.

O jogo

O primeiro set de Murray foi impecável. Com jogadas que fizeram relembrar os bons tempos no circuito, o britânico dominou Tsitsipas em grande parte da parcial, conquistou duas quebras e ficou na frente do placar do início ao fim. Muito firme em seus games de saque e cometendo pouquíssimos erros, o ex-número 1 do mundo viu o grego não ter forças para reagir e fechou em 6/2.

Após a derrota no set anterior, Tsitsipas veio mais agressivo e disposto a tirar Murray da zona de conforto. O britânico, por sua vez, se manteve consistente e não baixou a intensidade apresentada na primeira parcial. Os dois chegaram a ter triplo break point em dois games, mas o marcador seguiu empatado e com os tenistas jogando em altíssimo nível.

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A decisão do set foi para o tie-break, onde não faltou emoção. Teve lob espetacular, queda no chão e set point salvo em um ponto sensacional, com direito a smash quase caindo para trás. No fim, melhor para Tsitsipas, que ficou muito perto de perder a parcial, mas contou com erros de Murray nos momentos decisivos para fechar em 7/6 (9-7).

Stefanos Tsitsipas na partida contra Andy Murray no US Open — Foto: Elsa / Getty Images

Tendo problemas com o seu tênis por conta do suor, o britânico reclamou bastante durante o intervalo, porém voltou para o terceiro set muito concentrado e, com uma de quebra início, abriu 3/0. A partir daí, Murray soube sofrer, frustrou as investidas do grego – que chegou a ter quatro break points no quinto game – e, apoiado pela torcida presente na Arthur Ashe Stadium, levou a melhor por 6/3.

Apesar de Tsitsipas ter recebido atendimento médico por conta de dores no pé esquerdo, foi Murray quem caiu fisicamente na partida. Jogando bem abaixo do que vinha apresentando ao longo do confronto, o britânico viu o número 3 do mundo sobrar em quadra, comandar as trocas com bolas fundas e potentes, e fazer 5/0. O ex-líder do ranking até diminuiu a vantagem, mas não impediu o triunfo do grego por 6/3.

Murray foi campeão do US Open em 2012 — Foto: Elsa / Getty Images

O quinto set foi decidido no detalhe. Ao obter um break no começo da parcial, Tsitsipas passou a controlar o placar e, com os tenistas confirmando seus games de saque, assim o fez até o final. Murray até tentou pressionar e se recusou a desistir, porém não foi possível reverter a situação devido ao alto aproveitamento de serviço do grego, que confirmou a vitória por 6/4.

Na segunda rodada do último Grand Slam da temporada, Tsitsipas vai encarar o francês Adrian Mannarino (#44), que despachou seu compatriota Pierre-Hugues Herbert (#104) em um duelo também de cinco sets, com parciais de 3/6, 4/6, 6/4, 6/3 e 6/3.

Rublev vence “gigante”

Andrey Rublev (#6) sabia que poderia ter vida complicada no US Open, mas seu ótimo nível de tênis fez com que o panorama fosse bem diferente. Diante do experiente croata Ivo Karlovic, de 42 anos e 2,11m de altura, o russo se impôs e venceu por 3 sets a 0, parciais de 6/3, 7/6 (3) e 6/3, em 1h36 de duelo.

Rublev cumprimenta o “gigante” Karlovic no US Open — Foto: Al Bello / Getty Images

Na segunda rodada do torneio, Rublev encara o espanhol Pedro Martinez (#75), que passou pelo australiano James Duckworth (#68) ao vencer por 3 sets a 2, de virada, parciais de 4/6, 4/6, 7/6 (7), 6/2 e 6/2. Já Karlovic, por sua vez, pode ter disputado seu último torneio como tenista profissional. Fora do top 200 da ATP atualmente, o croata disse que poderia pendurar as raquetes após o Aberto dos Estados Unidos, mas que a decisão ficaria para depois da competição.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.