Descoberta em 1916 pelos franceses Georges Guillain, Jean Alexandre Barré e André Strohl com base em um primeiro estudo de Jean B. Landry, a Síndrome de
Redação Publicado em 21/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h02
Descoberta em 1916 pelos franceses Georges Guillain, Jean Alexandre Barré e André Strohl com base em um primeiro estudo de Jean B. Landry, a Síndrome de Guillain-Barré pode ser uma doença rara e pouco conhecida, mas tem dado sinais mais frequentes em tempos de contaminações por vírus como os da Zika e da Covid-19. Marcos de Freitas, professor e médico neurologista da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador da doença há anos, explica que a síndrome é uma paralisa ascendente que começa nas pernas e vai até os braços, podendo alcançar a face. Trata-se de uma fraqueza muscular causada pelo ataque do sistema imunitário ao sistema nervoso periférico. Em poucos dias, o paciente pode estar com paralisia completa. De acordo com o Ministério da Saúde, a incidência anual é de 1 a 5 casos por 100.000 habitantes e pico acontece entre 20 e 40 anos de idade, com taxa de mortalidade atingindo entre 5% e 10% dos pacientes que ficam gravemente incapacitados em função da doença. Mas a atividade física pode auxiliar o tratamento.
– Para confirmar o diagnóstico, faz-se uma punção lombar para ver se as proteínas estão aumentadas e uma eletroneurobiografia. Confirmado o diagnóstico, passa-se a fazer o tratamento. Às vezes com a dificuldade respiratória, o paciente deve ser levado a UTI – explica Freitas.
No início do século 20, os três médicos parisienses demonstraram uma anormalidade característica do aumento das proteínas que ocorria no líquor (líquido cefalorraqueano) dos pacientes acometidos pela doença. Freitas esclarece que que a síndrome é precedida por uma infecção, vacinação ou cirurgias. Os casos mais comuns são provocados por um verme intestinal, campylobacter gerguna, ou pelo Citomegalovírus, ou ainda outros vírus e bactérias. Recentemente, no Brasil e outros países, verificou-se que muitos dos casos ocorriam pela infecção do Zika vírus, confirmada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No caso da vacina da Janssen da Covid-19, há raros relatos, ainda não comprovados.
– Supunha-se que após o Covid-19, poderíamos ter a síndrome. Vários casos foram descritos. Mas ainda há duvida se há mera coincidência entre as duas doenças. Na Inglaterra, os mesmos meses de pandemia apresentaram uma queda da síndrome. Então, não me parece haver relação. Entretanto, após a vacinação contra o coronavírus, tem surgido novos (poucos) relatos de casos – explica, referindo-se à vacina da Janssen. – Só o tempo que vai dizer. Precisamos fazer mais estudos estatísticos e minuciosos .
Segundo Freitas, isso já aconteceu com outras vacinas, como a da influenza e a H1N1, então é possível que haja relação entre os dois. No entanto, ele ressalta que as maioria dos casos de síndrome vacinal, o tratamento recupera. Tratamento este que pode ser de dois tipos: imunoglobulina endovenosa ou plasmaferese. Normalmente, 70% dos pacientes da síndrome não têm sequelas, 25% podem ter sequelas leves ou graves e 5% falecem por dificuldade respiratória.
Um estudo desenvolvido na Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2009 com a participação do neurocientista Marcos de Freitas, chamado “Guia de Reabilitação na Síndrome de Guillain-Barré: O que podemos fazer?”, sugere que a reabilitação (motora e respiratória) promove diferenças significativas na restauração funcional desses pacientes.
“Na fase aguda, os pacientes perdem peso e durante a recuperação, eles recuperam peso devido a níveis de atividade reduzidos. Tratamento na fase aguda deve incluir um programa PNF individual de fortalecimento envolvendo isométrico, isotônico, isocinético e exercícios resistivos manuais e resistivos progressivos. A reabilitação deve ser focada no posicionamento adequado dos membros, postura, órteses e nutrição”, diz o documento.
PNF significa facilitação neuromuscular proprioceptiva, e nada mais é do que um método de tratamento fisioterapêutico que consiste na aplicação de resistências manuais com o objetivo de incentivar receptores neurais, para auxiliar na amplitude de movimentos funcionais e dar estabilidade corporal aos pacientes.
– O tratamento da síndrome associa-se também uma fisioterapia especializada em doenças dos nervos periféricos. São exercícios aeróbicos e musculação, que vão ajudar a recuperar o paciente da parte motora. Se for benigno, três a seis meses são suficientes para que o paciente já esteja andando. Em formas mais graves, os pacientes podem ficar com sequelas que necessitem da fisioterapia para o resto da vida – completou Freitas.
Fonte: Marcos de Freitas é médico neurologista, Chefe do Serviço de Neurologia do Hospital Universitário Antonio Pedro da Universidade Federal Fluminense (UFF) e coordenador da Disciplina de Neurologia da Faculdade de Medicina da UFF.
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Fontes: Ge – Globo Esporte.
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