Com 39 anos de idade e uma carreira repleta de conquistas e glórias, Bruno Soares não precisa fingir confiança, quando as circunstâncias adversas apontam para
Redação Publicado em 02/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h10
Com 39 anos de idade e uma carreira repleta de conquistas e glórias, Bruno Soares não precisa fingir confiança, quando as circunstâncias adversas apontam para outro caminho. O brasileiro, estreia nesta quarta-feira no aberto dos EUA, na chave de duplas ao lado do companheiro britânico Jamie Murray. Eles enfrentam o americano Tommy Paul (USA) e o australiano Alexei Popyrin, além de condições difíceis que atrapalharam a preparação para o evento. Bruno Soares precisou fazer uma cirurgia de apendicite há um mês, se ausentou das quadras, não pôde disputar os jogos olímpicos em Tóquio e ainda sente dores.
– É uma incógnita. Sempre um grande prazer estar aqui. Felizmente consegui me recuperar a tempo para o último Grand Slam da temporada, só que em uma situação difícil. Tive um mês complicado no meu período pós-cirúrgico, porque estive parado. Na cirurgia tudo ocorreu muito bem, mas perdi as olimpíadas e também todos os torneios do verão americano, e agora é recuperar o ritmo. Estou treinando há apenas duas semanas, e obviamente com o corpo bem dolorido. Com um apêndice a menos, mas o que sobrou do corpo tá bem dolorido (Risos).
Em condições normais de competição, a experiente dupla formada pelo brasileiro e o britânico não se preocuparia tanto com tal desafio no início de um Grand Slam. No entanto, as circunstâncias físicas dos atletas e a juventude dos adversários transformam a primeira rodada do US Open em uma pedreira.
– São dois garotos jovens, pegam muito forte na bola, jogam super bem, duas promessas, e não tem muito a perder. São aqueles caras que jogam de forma casual, super soltos, mas são muito competentes no que fazem. Pra gente é complicado, porque se a gente tivesse em uma sequência normal de vitórias, com confiança e ritmo lá em cima, seria um jogo pra se impor e colocar uma pressão, mas agora é uma incógnita.
Bruno Soares já tem dois títulos do US Open em sua coleção de conquistas. O tenista venceu o último no ano passado, na companhia de Mate Pavic. Dessa vez, Bruno volta a disputar o maior torneio de tênis dos Estados Unidos com Jamie Murray, com quem levantou o troféu neste mesmo torneio, em 2016. Jamie e Bruno vão precisar resgatar o velho entrosamento, já que não tiveram chances de jogar juntos neste verão americano.
– Tive uma parceria incrível com o Mate (Pavic). Vencemos muitos torneios, como o Us Open do ano passado, mas o Mate optou por jogar com um amigo antigo, croata, o Nikola Mektic, um cara super competente. E aí reeditei minha antiga dupla com o Jammie (Murray). Uma dupla já vitoriosa, fomos muito felizes, mas agora em um contexto mais difícil, em um ano mais complicado, mas quem sabe não fazemos mais uma grande campanha aqui pelo US Open?
O sorriso no rosto de Bruno, apesar das dores na fase pós-cirurgia, se explica pela experiência que tem em competições de alto nível, pelo carinho que tem com a cidade de Nova York e com a felicidade em estar compartilhando momentos especiais de viagem com o filho Noah, de seis anos.
– Estou com Hugo, que é meu treinador, e o Noah. Eu brinco que é a viagem dos meninos! E o Noah está como meu assistente do Hugo e cuidando de mim também. E tá muito legal, é a primeira vez que eu trago o Noah sozinho para um torneio. Fazia muito tempo que ele não viajava, as lembranças dele são de quando tinha quatro anos, e hoje ele tem seis. E está sendo muito legal pro Noah, que está reencontrando muita gente e muitos lugares.
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Fontes: Ge – Globo Esporte.
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