Com duas vitórias nos dois primeiros jogos, na quarta-feira, o trio brasileiro do basquete 3x3 volta à ação nesta sexta-feira para mais duas partidas,
Redação Publicado em 28/05/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h27
Com duas vitórias nos dois primeiros jogos, na quarta-feira, o trio brasileiro do basquete 3×3 volta à ação nesta sexta-feira para mais duas partidas, decisivas para o destino da equipe no Pré-Olímpico masculino, em Graz, na Áustria. Às 13h15, o adversário é a Polônia. Às 16h35, um país sem menor tradição no basquete mas potência no 3×3: a Mongólia, onde existe até um canal de televisão exclusivo para a modalidade em quadra reduzida e os jogadores são celebridades.
O SporTV 3 transmite o VT inédito de Polônia x Brasil às 16h. Na sequência, às 16h35, ao vivo, Brasil x Mongólia
Para o Brasil, vitória num dos dois jogos nesta sexta vale a classificação para as quartas de final. O Pré-Olímpico de Graz vai levar os três primeiros colocados para os Jogos de Tóquio. Disputam as vagas um total de 20 trios. No feminino, o Brasil está fora das Olimpíadas. O 3×3 estreia no programa olímpico em Tóquio.
No 3×3, a Mongólia é uma das principais forças mundiais. No basquete, o país asiático jamais disputou uma edição sequer de Mundiais ou Olimpíadas. No ranking mundial, não aparece nem entre os 168 listados no masculino nem entre os 124 no feminino. Mas, no 3×3, a Mongólia é a oitava do mundo tanto entre homens quanto entre mulheres. O Brasil ocupa o 15º lugar no ranking masculino e a 37ª colocação no feminino.
Mongólia no 3×3
Edição do Mundial | Classificação no feminino | Classificação no masculino |
2012 | não disputou | não disputou |
2014 | não disputou | não disputou |
2016 | não disputou | não disputou |
2017 | não disputou | não disputou |
2018 | não disputou | 8º |
2019 | 17º | 13º |
Assim como o Brasil, a Mongólia chega a esta sexta-feira com duas vitórias: 21 a 18 sobre a Polônia e 21 a 13 sobre a Turquia. No 3×3, as partidas têm duração de 10 minutos, mas podem ser encerradas antes caso o vencedor complete 21 pontos.
O trio feminino da Mongólia garantiu presença nas Olimpíadas de Tóquio por uma posição no ranking mundial ainda melhor que a atual (oitavo lugar) – era a terceira quando foi fechada a lista dos quatro times classificados para os Jogos diretamente pelo ranking, em 1º de novembro de 2019.
A vaga veio com uma façanha. O 3×3 feminino é o primeiro time do país a se classificar para as Olimpíadas em qualquer modalidade coletiva.
O trio masculino fez uma preparação forte para o Pré-Olímpico, que incluiu treinos diários em dois períodos com duas horas de duração cada e subidas por escada íngremes numa montanha em Ulan Bator, a capital do país. Delgernyam Davaasambuu, 1,93m, é o principal nome do time. É um rosto presente em programas de TV na Mongólia.
– Treinamos a 1.700 metros do nível do mar, o que assegura aos atletas um melhor condicionamento por causa da altitude – disse Myagmarjav Luvsandash, responsável pela equipe masculina. – É um trio que tem confiança até porque não é a primeira vez que vai enfrentar os principais times do mundo.
O 3×3 é bem popular na Mongólia, país que estreou em Jogos Olímpicos na edição de 1964, justamente em Tóquio.
– Todos os lares, blocos de apartamentos e casas têm aros do lado de fora. As crianças brincam o dia todo do lado de fora – contou o dirigente. – Estar nas Olimpíadas numa modalidade coletiva será um feito histórico.
A Mongólia sempre teve algum sucesso em esportes individuais como boxe e luta mas sempre passou em branco nas modalidades coletivas. Até o 3×3. Na história olímpica, o país soma 26 medalhas, sendo duas de ouro, em quatro esportes: judô, boxe, luta e tiro esportivo. Os dois ouros vieram em Pequim 2008, no judô (com Naidangiin Tüvshinbayar no peso acima de 100kg, categoria em que o Brasil tinha, na ocasião, Luciano Corrêa) e no boxe.
– Desde 2016, começamos a investir no 3×3, e o sucesso começou. Desde então, todos na Mongólia se apaixonaram (pelo 3×3) – disse Khulan Onolbaatar, a principal jogadora do trio feminino, já garantido em Tóquio. – Temos um canal específico de TV que transmite o 3×3 porque as pessoas amam assistir. Jogadores são conhecidos por todo o país. As pessoas nos pedem fotos. Somos quase celebridades.
De azarão a potência, a Mongólia tenta mudar o status de como os adversários a veem.
– Outros times nos veem como zebras e não nos levam a sério. Acho que isso nos faz mais fortes ainda e nos ajuda a manter o foco. Ser um azarão é um sentimento fantástico – afirmou Onolbaatar.
País da Ásia com pouco mais de 3,2 milhões de habitantes, a Mongólia é considerada pela Federação Internacional de Basquete (Fiba) como caso de sucesso do 3×3. Modalidade em que a Fiba tem investido, nos últimos anos, para popularizar mais ainda o basquete pelo mundo.
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Fonte: Ge – Globo Esporte.
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