A brasileira Beatriz Ferreira, campeã mundial de 2019, perdeu, neste domingo, para a irlandesa Kellie Harrington, ouro no Mundial de 2018, por decisão unânime
Redação Publicado em 08/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h35
A brasileira Beatriz Ferreira, campeã mundial de 2019, perdeu, neste domingo, para a irlandesa Kellie Harrington, ouro no Mundial de 2018, por decisão unânime dos juízes e conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de Tóquio na categoria até 60kg do boxe.
– Saí do Brasil com a meta de conseguir a mãe de todas, não consegui, tentei mudar de cor, mas não consegui. Vou continuar trabalhando para que ela mude. Claro que o objetivo era o ouro, o ouro não veio, mas estou contente com essa aqui. Sou medalhista olímpica, é para poucas. (…) Acredito que representei bem, não foi o ouro, mas foi a medalha de prata com sabor de ouro – disse Bia logo após colocar a medalha no peito, e prometeu que estará em Paris-2024: “Tá logo ali. Aguardem”.
As duas atletas jamais tinham se enfrentado em uma competição oficial. Kellie Harrington foi campeã mundial em 2018, quando Beatriz estava do outro lado da chave e parou nas oitavas de final. Já Beatriz foi campeã em 2019, quando Kellie estava machucada e não competiu.
O início foi bem estudado, com Bia acertando dois bons golpes. No segundo minuto, em uma trocação, a irlandesa conseguiu a acertar a brasileira. A brasileira ficava no centro do ringue, enquanto a Kellie girando a sua volta. Em um momento, Bia encurralou a rival nas cordas e conseguiu bons golpes. Três dos árbitros deram vitória para a brasileira e dois para a irlandesa.
No segundo round, Beatriz seguiu no centro do ringue, enquanto Kellie ficava girando que nem um relógio em volta da brasileira. O combate seguiu muito estudado, com as duas conseguindo se esquivar dos ataques da rival. Para os cinco árbitros, a irlandesa venceu o round por 10 a 9, colocando uma pressão na brasileira para o ultimo round.
A irlandesa já tinha 20 a 18 de dois jurados, então Beatriz precisava ser quase unânime do terceiro assalto para levar o ouro. Kellie sabia da vantagem e tentou amarrar a luta, enquanto Bia conseguia alguns golpes. No fim, os cinco árbitros deram a vitória para a irlandesa, que se destacou nos contra-ataque, por 10 a 9.
Beatriz Ferreira disputou, em Tóquio, sua primeira edição das Olimpíadas, mas, há cinco anos, esteve no Rio de Janeiro, como sparring de Adriana Araujo, brasileira que, na época, era titular da seleção.
No ciclo olímpico, Beatriz foi campeã dos Jogos Sul-Americanos em 2018, na Bolívia, dos Jogos Pan-Americanos em 2019, no Peru, e do Campeonato Mundial, também em 2019, realizado na Rússia.
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Fontes: Ge – Globo Esporte.
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