Um jogo para esquecer. De Hernán Crespo a Pablo. Do técnico ao centroavante, o São Paulo viveu provavelmente a noite mais infeliz da temporada, e no pior
Redação Publicado em 18/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h21
Um jogo para esquecer. De Hernán Crespo a Pablo. Do técnico ao centroavante, o São Paulo viveu provavelmente a noite mais infeliz da temporada, e no pior momento para tal. Erros técnicos, de decisão e de avaliação condenaram o Tricolor a cair nas quartas de final da Copa Libertadores. O Palmeiras, soberano em campo, fez 3 a 0 no Allianz Parque e decretou o fim da competição para o campeão paulista.
Não deve haver “caça às bruxas”. Nem qualquer condenação a um bom trabalho feito em 2021 e de potencial para ser ainda melhor. O São Paulo acabou eliminado porque coletivamente foi pior do que o Palmeiras, especialmente no confronto da última terça-feira.
Jogadores importantes atuaram abaixo do nível esperado e cometeram erros cruciais, como Arboleda ao gerar o contra-ataque do primeiro gol. Pablo, quando o placar estava 1 a 0, desperdiçou chance claríssima para empatar. Em uma eliminatória, ações individuais pesam demais no resultado coletivo, e erros custam caro.
No banco de reservas, Hernán Crespo viveu uma jornada na qual desorganizou o time e observou o rival dominar de maneira hierárquica o segundo tempo. Nomes fundamentais do elenco como Reinaldo, líder de assistências na temporada, e Martín Benítez sequer entraram em campo no clássico no Allianz Parque. O meia, segundo o treinador, não possuía condições de jogo.
Portanto, em um aspecto de análise geral, toda jornada são-paulina na arena palmeirense foi infeliz. Diante do atual campeão da Libertadores, dono de uma trajetória já consolidada entre as melhores do país, o acúmulo de equívocos se mostrou fatal.
A trajetória são-paulina no principal torneio sul-americano terminou de maneira frustrante, aquém do nível do trabalho demonstrado durante a maior parte da temporada. Pela frente, no ano de quebra de jejum e título do Paulistão, Crespo e companhia agora miram a recuperação no Brasileirão e a disputa do título inédito da Copa do Brasil.
Em uma partida para esquecer, poucos pontos positivos a se destacar. Crespo acertou ao abrir o jogo com Rojas na ponta direita, assim como dar maior liberdade a Rodrigo Nestor, que encontrou espaços e se apresentou como principal nome do meio-campo no duelo.
Nestor causava impacto no jogo, mas saiu aos 12 minutos do segundo tempo. O setor de meio-campo ainda não teve Luan desde o intervalo por opção de Hernán Crespo, que tirou o camisa 13 para lançar Rojas. Ali, o Palmeiras passeou no segundo tempo.
A equipe de Abel Ferreira se fechava a partir da própria intermediária, roubava a bola e aproveitava o enorme espaço gerado no setor. Crespo e comissão técnica não conseguiram conter essa estratégia de Abel Ferreira, que já limitara o jogo são-paulino no primeiro tempo com uma marcação pressão liberando apenas Arboleda para criar.
Essa estratégia deu certo e teve como retrato o primeiro gol: o zagueiro equatoriano avançou do meio-campo, se atrapalhou e perdeu a bola, gerando contra-ataque. No avanço, Zé Rafael até esperou o contato de Daniel Alves, que preferiu não cometer a falta e permitiu ao camisa 8 ter espaço para achar Veiga livre.
Ainda no aspecto individual e que tem resultados coletivos, Pablo desperdiçou a única oportunidade clara do São Paulo no segundo tempo. Em uma eliminatória com esse peso, o camisa 9 perdeu a chance de empatar o duelo e possivelmente mudar toda a história.
Ações individuais, consequência coletiva. Esse mantra seguiu até o fim do jogo. No segundo gol, Danilo protegeu a bola em meio a dois marcadores e conseguiu encontrar espaço para achar Dudu, após o Palmeiras permanecer com liberdade na área são-paulina, instantes depois de boa defesa de Volpi em chute de Wesley.
No terceiro, Igor Gomes errou a saída de bola e permitiu a Patrick de Paula acertar belo chute da entrada da área. Lance que simbolizava um São Paulo desconcentrado, bagunçado e entregue diante de um rival que se impôs de maneira categórica.
Depois de um dia de descanso nesta quarta-feira, o São Paulo volta ao trabalho na manhã de quinta-feira, no CT da Barra Funda. Com Copa do Brasil e Brasileirão pela frente, o Tricolor tem compromisso já no próximo fim de semana.
Sem Reinaldo, suspenso pelo terceiro amarelo, o São Paulo encara no domingo o Sport, fora de casa, pela Série A, e busca a terceira vitória consecutiva na competição.
Já na próxima quarta-feira, nova decisão pela frente. O Tricolor recebe o Fortaleza, a partir das 21h30 (de Brasília), pelo duelo de ida das quartas de final da Copa do Brasil.
Uma nova decisão para uma competição na qual o São Paulo ainda pode fazer história. Afinal, o clube busca o primeiro título do torneio de mata-mata mais importante do calendário nacional, em um título que amenizaria as más lembranças do dia 17 de agosto.
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Fontes: Ge – Globo Esporte.
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