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Abel exalta relação com diretoria do Palmeiras e dá recado a Scarpa: “Tem sido mais utilizado comigo”

O técnico Abel Ferreira aproveitou a entrevista coletiva concedida no início da madrugada desta sexta-feira, após a vitória por 1 a 0 sobre o CRB, pela Copa

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Redação Publicado em 04/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h13


Treinador elogiou, mas fez questão de lembrar que o meia tem recebido oportunidades; camisa 14 deixou o campo irritado e chutou o banco de reservas

O técnico Abel Ferreira aproveitou a entrevista coletiva concedida no início da madrugada desta sexta-feira, após a vitória por 1 a 0 sobre o CRB, pela Copa do Brasil, para ressaltar a relação com a diretoria do Palmeiras e elogiar o meia Gustavo Scarpa, que chutou uma cadeira do banco de reservas do time ao ser substituído no início do segundo tempo.

Sobre a relação com a diretoria, Abel utilizou-se de uma pergunta sobre o retorno de Deyverson após empréstimos na Espanha para exaltar a relação com Mauricio Galiotte e Anderson Barros. O treinador também relembrou sobre a situação financeira para amenizar a pedida por reforços.

– Sempre fui verdadeiro com vocês e com os diretores. Tenho uma relação fantástica com presidente Galiotte, com o Barros. Vivemos em um contexto de pandemia e todos temos que ter a percepção que temos que fazer contenção. Até sobrepor a parte financeira acima da esportiva para não hipotecar o futuro do clube. Perdemos títulos e ganhamos outros – discursou Abel Ferreira.

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, durante duelo contra o CRB pela Copa do Brasil — Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, durante duelo contra o CRB pela Copa do Brasil — Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

– Desde que chegamos, essa equipe tem tido uma valorização individual muito grande, quer os da base, os que não estavam em bom momento como Rony e Scarpa. O valor de mercado do elenco cresceu muito. É um clube que tem presente e futuro. Pode ter dentro do clube tanta gente querendo ganhar, mas mais do que eu, não existe. Ninguém quer ganhar mais do que eu – assegurou.

Ainda no assunto competitividade, Abel tratou de minimizar qualquer possível problema com Gustavo Scarpa, que saiu irritado do gramado quando era um dos destaques do time no Rei Pelé. O técnico elogiou o desempenho do camisa 14 e se defendeu ao falar sobre as oportunidades dadas ao meia.

– Entendo que jogadores querem jogar até o fim, sempre pensam que podem jogar mais. Sabemos respeitar as opções e perceber o que a equipe quer, e Scarpa sabe que a gente conta com ele, assim como o Veiga. Ele tem sido mais utilizado comigo do que com treinadores anteriores, então deve ser agradecido, pois também vive uma fase muito boa – disse.

Scarpa bravo no banco com a substituição

Scarpa bravo no banco com a substituição

– Scarpa e Veiga têm tido muito bom rendimento para colaboração direta para o desempenho da equipe. Os dois disputam a mesma posição e são dois jogadores que sempre estão disponíveis. (A substituição) foi para refrescar e sentir, pois perdemos energia no meio-campo com ele e Lucas Lima – comentou Abel.

Scarpa saiu de campo aos 12 minutos do segundo tempo. O jogador teve participação direta no gol da vitória palmeirense ao descolar bom passe para Rony, que chutou e provocou o rebote aproveitado por Willian.

Com o resultado em Maceió, o Palmeiras joga por um empate na próxima quarta-feira, às 19h (de Brasília), no Allianz Parque, para avançar às oitavas da Copa do Brasil.

Melhores momentos de CRB 0 X 1 Palmeiras pela 3º fase da Copa do Brasil

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Confira mais respostas de Abel Ferreira:

Clima diferente do que está acostumado
– Jogo difícil, posso dizer que estou transpirando sem correr. Nós sabemos que eles tinham a oportunidade da vida de derrotar um grande, com motivação no máximo. Vimos pelo resultado de times da Série A contra essas equipes, pois não têm nada a perder. Não entramos bem no jogo, erramos passes fáceis nos primeiros 20 minutos, isso causou problema e desgaste físico, porque as perdas de bola obrigam correr muitos metros para recuperar. De resto, estou convencido que poderíamos ter chegado um resultado diferente ainda no primeiro tempo, fizemos um gol mal anulado. Eu cometo erros, os jogadores e os árbitros também. Poderíamos ter chegado ao intervalo com um resultado diferente. Quando você não mata o jogo, eles acreditam e foi isso o que passou. Foi um adversário que não se rendeu e lutou até o fim.

Felipe Melo na linha de três zagueiros
– Tivemos uma pausa, falei com o Felipe Melo para jogar na linha de três. Treinamos ele na linha de três nesta semana e baixamos o Patrick um pouco para volante, apesar de ser um box to box, também faz de volante. Foi uma boa alteração que fizemos, ficamos com linha de passe próxima, mais segura. Conseguimos sair com 1 a 0 e poderia ainda ter feito mais gols.

Queda de intensidade
– Quando entras e vai substituir o colega, nessas condições de clima abafado, até tu entrar no ritmo de jogo tem uns 5 ou 10 minutos. O desgaste do primeiro tempo que levamos para a segunda e alterações neste clima, isso aconteceu contra o mesmo “bafo” contra o Del Valle. Muitos jogadores perderam mais de 5 kg, para vocês terem uma ideia. A primeira comunicação pós-jogo foi sobre hidratação dos atletas, para se ter um desgaste do que provocou. Era normal baixar a intensidade, não estamos habituados a esse clima, a esse jogo e por isso baixou um pouquinho.

Opções de escalação, como Luiz Adriano no banco
– Segredo de ter ganho e perdido algumas finais, acho que nunca repeti os mesmos 11. Se repeti, foi um desafio, porque já disse que aqui vocês utilizam a expressão “banco de reservas”, e eu não utilizo. Tivemos Michel, entrando com muita garra, queremos ver jogadores com essa atitude e prontos para ajudar. Perdemos jogadores para as seleções, dois se lesionaram (Danilo Barbosa e Danilo com problemas musculares), queremos que todos estejam preparados para jogar.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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