Diário de São Paulo
Siga-nos

Abel elogia Palmeiras no Morumbi: “Se tivesse um vencedor, era para sermos nós”

Abel Ferreira procurou destacar o espírito competitivo do Palmeiras. O time alviverde conseguiu evitar a derrota no fim, com gol nos acréscimos de Rony em

Palmeiras
Palmeiras

Redação Publicado em 20/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h51


O técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, viveu uma sexta-feira de estresse e satisfação. Estresse pela insatisfação com a arbitragem de Leandro Vuaden no empate por 1 a 1 com o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro. Satisfação pela atuação e pelo espírito competitivo demonstrado pela equipe alviverde no Morumbi.

Em entrevista concedida depois do jogo, Abel valorizou a atuação do Palmeiras, que, na visão do treinador, merecia melhor sorte no clássico.

— Gostei muito do jogo que fizemos aqui. Se tivesse que ter um vencedor, era para sermos nós, pelo que lutamos, pelas oportunidades. Criamos mais do que o nosso adversário, mas infelizmente chegaram a um gol no pênalti — disse o treinador, que evitou se aprofundar no assunto arbitragem.

— Não vou discutir se foi ou não, mas nós, como equipe, é esse espírito que temos que ter. Contra todas as adversidades, ter essa atitude, esse empenho e desempenho — acrescentou.

Abel Ferreira procurou destacar o espírito competitivo do Palmeiras. O time alviverde conseguiu evitar a derrota no fim, com gol nos acréscimos de Rony em chute desviado pelo são-paulino Luan.

— Essa tem que ser marca do Palmeiras, seja contra quem ou onde for. Tivemos esse comportamento porque tivemos tempo para descansar, e vou voltar a criticar: queremos valorizar os jogadores brasileiros, a Seleção, e temos que criar condições aos jogadores para assistirmos a um bom jogo. Na minha opinião, foi um bom jogo: duas equipes frescas, com tempo para recuperar — opinou.

Abel terá pouco tempo para treinar o time. O Palmeiras volta a campo na segunda-feira, a partir das 18h (de Brasília), para encarar o Atlético-GO, no Allianz Parque, pela penúltima rodada da Série A de 2020.

Melhores momentos de São Paulo 1 x 1 Palmeiras, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro

Melhores momentos de São Paulo 1 x 1 Palmeiras, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro

Confira mais da entrevista coletiva de Abel Ferreira:

Pedido de desculpas


— As minhas primeiras palavras, sou ser humano e cometo meus erros, tento me comportar bem, mas não tive um comportamento à altura de um treinador do Palmeiras, independente do que se passa em campo. Tenho que corrigir hoje e quero pedir desculpas pelo meu comportamento, queira razão ou não. Fica aqui meu pedido de desculpas e me comprometer para ter um comportamento ao nível da exigência do Palmeiras.

Arbitragem

— Não vou falar do árbitro. Só dizer que independente do que passou, o meu comportamento foi fruto de reação e emoção, da minha vontade de querer ganhar. Não vou comentar, tem que olhar para mim e corrigir o meu comportamento. Não foi exemplo.

Degaste emocional

— Embora tínhamos um dia para recuperar, eu rodei a equipe que jogou o Mundial. Teve tempo de viajar, recuperá-los bem para fazer um jogo competitivo. Se os jogadores não se recuperarem, vamos ter jogo arrastado, jogo lento. Eu, enquanto treinador, seja quem for, se chegar em casa cansado, não vai ter o mesmo rendimento. Precisamos descansar para tirar o máximo de rendimento. Tem que ter o tempo de recuperação necessário.

75 jogos em uma temporada

— Algo que nunca vivi. Se todos quiserem sentar à mesa, é possível. Minha opinião ou interrogação é dizer que pode fazer mais e melhor para futebol e jogador brasileiro. Temos estádios fenomenais, CTs fenomenais. Agora temos que valorizar o futebol. Hoje vocês vêem o treinador na Europa todos a chorarem, porque tem essa densidade competitiva agora. Vou chegar ao fim do ano com 10, 11 jogadores, e temos casos desses; peço apenas para refletir sobre isso. Talento não há mais do que aqui, competitividade também. Temos estádios melhores, CTs incríveis…vamos fazer esforço para organizar melhor o Estadual, o Brasileirão e a Copa para estarmos melhores nas competições nacionais, na Seleção e valorizar o jogador brasileiro.

Jogadores comemoram gol de Rony com Abel Ferreira — Foto: Marcos Ribolli

Jogadores comemoram gol de Rony com Abel Ferreira — Foto: Marcos Ribolli

Planejamento da semana para a final

— Vou ser sincero. Nós programamos essas últimas cinco jornadas a pensar à frente. Mas não posso, tenho que ver como os jogadores estão agora e ver o que será melhor. Depois se reunir comigo, com a equipe técnica e performance para ver o que é melhor.

Felipe Melo já está nas melhores condições?

— Felipe é um guerreiro e que nos ajuda, dá competitividade. (…) No Palmeiras não tem que ter só vontade. Jogador e treinador do Palmeiras precisam fazer tudo para vencer. Isso é obrigatório. Depois ter calma, paciência para fazer o jogo aqui. Infelizmente não conseguimos traduzir em gols as chances que criamos.

Técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, gesticula em clássico com o São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

Técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, gesticula em clássico com o São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

Má fase de Willian?

— Willian está fazendo uma época fantástica, é um dos mais utilizados no nosso time. Ajuda dentro e fora. Estamos aqui para ajudar, independentemente de estar pior ou melhor, é em campo que recupera. Estou aqui para ajuda-lo, e nós, em equipe, para ajudar. Ele não precisa de ajuda pois sabe qual é o trabalho, é um campeão. Isso (carreira) nem sempre é um mar de rosas, elas têm espinhos. Há momentos que só com trabalho e dedicação que melhoramos. Nem todas as equipes do mundo estão em alta. É ter calma e ver o caminho. Estamos aqui para ajudar não só Willian, como todos para recuperamos energia e forças.

Wesley e Veron

— São mais opções. As equipes são mais ou menos competitivas pelas soluções que possuem. Em função dos jogos, é normal que haja lesões de bons jogadores e que podem acrescentar a um melhor espetáculo. Minha função para quem assiste, sei que o jogo não corre bem, mas nossa intenção não é essa. Que olhem para nossa equipe e que tenha um time que proponha o jogo, que jogue para ganhar, que seja visível para quem está a ver. São duas soluções que podem ajudar por fora, porque ter dois jogadores pontas e meter outros dois mais refrescados é o que procuramos. Se estiverem prontos, vamos ter mais opções para essa grande final.

.

.

.

Fonte: GE – Globo Esporte.

Compartilhe