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Castigo

Justiça pune severamente Mário Frias por fake news contra Ludmilla

O ex-secretário de Bolsonaro afirmou que a cantora havia recebido R$ 5 milhões pela Lei Rouanet

Mário Frias (PL), secretário Especial de Cultura de Jair Bolsonaro - Imagem: reprodução/Câmara dos Deputados
Mário Frias (PL), secretário Especial de Cultura de Jair Bolsonaro - Imagem: reprodução/Câmara dos Deputados

Mateus Omena Publicado em 08/06/2023, às 15h59


A Justiça do Rio de Janeiro anunciou nesta semana a concessão de uma liminar favorável à cantora Ludmilla em ação por fake news movida contra o deputado federal Mário Frias (PL-SP). 

O ex-secretário Especial de Cultura de Jair Bolsonaro (PL) havia publicado em suas redes sociais afirmando que a cantora havia recebido R$ 5 milhões pela Lei Rouanet, por um projeto intitulado "Ludmilla - Solta a Batida", aprovado pela ANCINE.

A juíza Bianca Ferreira do Amaral Machado Nigri, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, determinou que Frias apague as postagens acusatórias de suas redes sociais, considerando que as mesmas "podem atingir a imagem da autora". Frias tem um prazo de 48 horas para apagar as publicações.

Na decisão, a juíza diz:

"Diante de tais fundamentos, tenho por bem em deferir a medida para determinar que o réu retire as publicações das plataformas em que foram postadas, notadamente: a foto da autora abraçada ao atual Presidente da República, Luiz Inácio da Silva, acrescida de dois recortes de notícias, sendo uma sobre uma suposta reportagem da Folha de São Paulo indicando que a autora teria feito 'L' de Lula em seu show e a outra, uma publicação do Diário Oficial, que, segundo o réu, comprovaria que a autora teria recebido quase R$ 5 milhões via Lei Rouanet -- no prazo de 48 horas."

Entenda o caso

Mário Frias afirmou que o projeto do programa de TV em questão teria relação com o apoio da cantora Ludmilla à candidatura de Lula (PT).

A produção, provisoriamente intitulado "Ludmilla - Solta a Batida", foi explicado pela cantora, que afirmou não ter relação com o projeto.

"O projeto inicialmente teria sido pensado para Ludmilla, que foi convidada para fazer parte do elenco no ano de 2020. Porém, algum tempo depois a cantora, declinou o convite por direcionamentos de carreira. Como o projeto já estava inscrito a ANCINE, o título não pôde ser alterado, neste momento. Por conta das regras da agência, o nome do projeto só pode ser mudado após a realização do mesmo, que deve realizar-se em 2024", lê a nota da produtora, compartilhada por Ludmilla.

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