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Demissão

Jornalista da Record diz ser demitida após usar vermelho em programa

Carol Romanini apresentava o quadro 'Hora Venenosa' no programa 'Balanço Geral de Londrina"

Carol Romanini apresentava o quadro 'Hora Venenosa' no programa 'Balanço Geral de Londrina" - Imagem: reprodução RICTV
Carol Romanini apresentava o quadro 'Hora Venenosa' no programa 'Balanço Geral de Londrina" - Imagem: reprodução RICTV

Jessica Anjos Publicado em 15/09/2022, às 21h53


Carol Romanini, jornalista e apresentadora do quadro 'Hora Venenora' no programa "Balanço Geral Londrina" da afiliada da Record TV no Paraná, RICTV, comunicou que foi demitida nesta terça-feira (13). 

De acordo com a profissional, sua demissão se deu por ela ter usado vermelho no dia anterior, no último dia em que apresentou o quadro na emissora - ferindo uma regra da empresa. Porém, segundo a Splash, do UOL, a emissora negou que este tenha sido o motivo do desligamento da funcionária.

"Eu fui demitida pela RICtv [...] com uma advogada através de uma chamada de vídeo num notebook por ter usado o vermelho na segunda-feira. Eu, como vocês sabem, eu aposto aqui com vocês quem é que acha que eu voto em quem, porque nem isso eu falo, eu não falo de política", disse Carol Romanini durante uma live feita em seu Instagram nesta quinta-feira (15).

O Sindijor Norte do PR (Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná) informou que o Grupo RIC, dono da RICtv, teria proibido os apresentadores da emissora de aparecerem ao vivo com roupas nas cores vermelho e bordô. Além disso, o órgão denunciou o ocorrido como "assédio eleitoral" que "resultou na injustificada demissão". 

Em nota, o Sindicado ainda afirmou: "O dono do Grupo RIC no Parané, Leonardo Petrelli Neto [...] tem engajamento notório na campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro. E histórico de assédio eleitoral. Um dia antes (segunda-feira, 12/09) da demissão [...], sua empresa já havia proibido o uso das cores vermelho e bordô pelos repórteres e apresentadores que fossem ao ar. Cores que atribui associação com a candidatura do ex-presidente Lula". 

Segundo a Splash, o Sindicato defende que a demissão de Carol Romanini veio após pressão do deputado federal Filipe Barros (PL-PR), aliado do dono do Grupo RIC e que trabalha diretamente na campanha de reeleição de Bolsonaro no estado. 

"O deputado usou como pretexto incidente envolvendo a torcida Falange Azul, do Londrina Esporte Clube, no último sábado (10/09) e integrantes de seu comitê de campanha. O 'crime' da jornalista foi estar próxima à confusão", diz o Sindicato na denúncia. 

A live 

Carol Romanini comentou durante a live feita no seu Instagram que nunca falou sobre seu voto ou escolhar políticas. "Nunca falei se sou de esquerda, de direita, de centro, de nada. Então, me mandaram embora, tem várias coisas envolvidas, eu quero explicar todas elas numa live mais tranquila com mais informações", comentou. Veja a live da jornalista:

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