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Golpe da Renda Extra: entenda como os criminosos agem

O novo golpe é oferecido com a promessa de dinheiro rápido e fácil

O novo golpe é oferecido com a promessa de dinheiro rápido e fácil - Imagem: Reprodução/Reportagem: Bom dia Brasil
O novo golpe é oferecido com a promessa de dinheiro rápido e fácil - Imagem: Reprodução/Reportagem: Bom dia Brasil

Ana Rodrigues Publicado em 18/09/2023, às 12h20


Um novo tipo de golpe financeiro tem sido aplicado por criminosos. Com a promessa de dinheiro rápido e fácil, as vítimas acreditam que vão ser pagas para avaliar restaurantes em redes sociais.

Aceitando o trabalho, inicialmente as pessoas até recebem por isso, mas depois continuam trabalhando e levam bastante prejuízo.

No golpe da renda extra, como é conhecido, as vítimas são abordados pela internet. É oferecido uma remuneração rápida e com pouco esforço. Por exemplo, teve casos em que a proposta era para trabalhar por meio período escrevendo uma boa avaliação para restaurantes e a remuneração por avaliação era R$18, segundo matéria do G1

Nesse tipo de golpe os criminosos ganham a confiança de suas vítimas, principalmente por meio de aplicativos de mensagens. Só que, a proposta esconde um esquema de pirâmide financeira. As pessoas são pressionadas a investir dinheiro para receberem altos retornos. E precisam recrutar novos integrantes.

Uma jovem que não quis se identificar contou em entrevista ao Bom dia Brasil que aceitou a oferta. Ela conta que no início, ela recebeu o dinheiro pelas avaliações. Depois, teve que cumprir novas tarefas, que envolviam enviar quantias via PIXcom a promessa de ter o dinheiro de volta com um bônus, mas a partir do momento em que enviou os valores maiores, ela sofreu o golpe.

Fiz um PIX de R$ 100. Esperei 20 minutos, e retornou R$ 175. Ele falou: 'Tem que mandar R$ 1.700 e pouco'. Eu mandei e aí eu falei: 'Agora desbloqueie o meu dinheiro'. Aí ele pegou e falou que eu tinha perdido", contou.

O crime é configurado como estelionatoe a pena pode chegar a cinco anos de prisão, além de multa. Mauro Ellovitch, promotor que trabalha no combate aos crimes cibernéticos, diz que é preciso desconfiar de ofertas vantajosas e nunca informar os dados pessoas.

Eles sempre usam a criatividade, a engenharia social, conversa, oferecimento de vantagem, para que as vítimas se descuidem e sejam enganadas em alguma coisa que se elas pensassem um pouquinho mais, elas não cairiam. Qualquer tipo de oferta sem contrato, extremamente vantajosa, sempre vai ter algo que o criminoso quer", explicou. 

O promotor ainda orientou que, nesses casos, a vítima desse tipo de crime, não deve apagar nenhuma mensagem do golpista, mas procurar uma delegacia de polícia para registrar ocorrência levando essa documentação, que pode servir como prova.

Se a pessoa for vítima desse tipo de crime, é não apagar nenhuma mensagem, não deletar nada e procurar uma delegacia de polícia ou Ministério Público munida de todos esses dados - comprovante, conversas, redes, conversas que os criminosos usaram - e representar pra que seja instaurada uma investigação”.
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