Ana Carolina e seu marido encontram na adoção a realização de seu desejo de serem pais

Ana Carolina de Souza Henriques, aos 39 anos, sempre nutriu o sonho de ser mãe. Casada e com o desejo de ter um filho biológico, ela e o marido enfrentaram desafios quando a medicina revelou dificuldades na concepção. Mas o destino reservava uma jornada de amor e realização ainda mais extraordinária: a adoção do próprio sobrinho.

"Mesmo que eu tivesse filho biológico, no meu coração eu tinha esse desejo de adotar, porque minha mãe foi adotada. Quando era criança, acho que, se não me engano, ela tinha três anos, ela foi adotada, então ela é fruto de uma adoção. E eu tenho a minha irmã, que é a mãe biológica do Pietro, que também é adotada", compartilha Ana Carolina ao g1.

Após anos de tentativas frustradas de engravidar e diante das barreiras financeiras para procedimentos de inseminação artificial, Ana Carolina e seu marido optaram pela adoção. Foi exatamente nesse momento que a irmã de Ana Carolina, Fabíola de Souza Hespanhol, engravidou.

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"Eu entendi que Deus sabe do desejo do nosso coração e vendo que a gente não tinha condições financeiras, ele estava querendo outra coisa pra gente. Aí a gente falou, não, então vamos partir pra adoção e foi exatamente nesse período que a minha irmã engravidou", conta Ana Carolina, sobre a decisão de adotar após as dificuldades para engravidar.

O nascimento de Pietro não só trouxe alegria à família, mas também iniciou uma nova jornada para Ana Carolina. Desde o momento em que acompanhou a cesariana de sua irmã até os primeiros cuidados com o recém-nascido, ela sabia que aquele vínculo seria especial.

"Eu pude viver cada momentozinho que é tão importante, tão único. Não imaginava que no futuro isso tudo seria a realização de um sonho", compartilha Ana Carolina, relembrando os momentos preciosos após o nascimento de Pietro.

O amor incondicional de Ana Carolina por Pietro foi testemunhado quando sua irmã ofereceu a guarda do filho. Emocionada, ela aceitou com gratidão, iniciando um processo que culminaria na adoção oficial do menino.

"Ela pegou e falou pra mim assim, você não quer ele? Eu não acreditei. Será mesmo, mas você tem certeza? Isso é uma coisa muito séria pra você dizer. Envolve muita coisa. E ela disse, não, eu tenho certeza. Realmente assim, ela disse, o lado materno não aflorou em mim", compartilha Ana Carolina, sobre o momento em que sua irmã ofereceu a guarda de Pietro.

A jornada de adoção, desde o pedido inicial até a audiência final para a nova certidão de nascimento de Pietro, foi marcada por emoções intensas e momentos de pura realização. Hoje, Ana Carolina, seu marido e Pietro formam uma família unida pelo amor e pelo vínculo genuíno de pais e filho.

"A gente não lembra que ele não é filho biológico da gente. Então realmente o amor que a gente sente por ele é um amor de pai e de mãe, verdadeiramente, ele nos chama de pai e mãe", conclui Ana Carolina, emocionada, sobre o amor incondicional que nutre por Pietro.