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Professor usa ‘Pokémon Go’ para ensinar geografia em Rio Preto

Um professor de geografia de São José do Rio Preto (SP) tem aproveitado a febre "Pokémon Go" para ensinar sua disciplina aos alunos. Leandro Ferreira, de 34

Professor usa ‘Pokémon Go’ para ensinar geografia em Rio Preto
Professor usa ‘Pokémon Go’ para ensinar geografia em Rio Preto

Redação Publicado em 13/08/2016, às 00h00 - Atualizado às 12h18


Ele diz que ensina os alunos a compreenderem mapas com o jogo.
Na última segunda-feira (8), ele foi para as ruas da cidade com os alunos.

Um professor de geografia de São José do Rio Preto (SP) tem aproveitado a febre “Pokémon Go” para ensinar sua disciplina aos alunos. Leandro Ferreira, de 34 anos, professor do 3º ano da Escola Municipal Professora Regina Mallouk, diz que analisou o game para ensinar seus alunos a lerem e compreenderem mapas. Na última segunda-feira (8), ele foi para as ruas com os alunos.

“Os alunos não podem trazer celular para a sala de aula, mas neste dia os pais e a escola autorizaram. Fomos às ruas divididos em grupos para mapear o entorno da escola. Colocamos no mapa pontos de ônibus, telefones públicos, casas dos alunos, supermercados e, é claro, pokestops e locais mais comuns para o aparecimento de pokémons”, diz.

Ferreira conta que é jogador de videogame desde criança e ao jogar “Pokémon Go” percebeu o potencial do jogo como ferramenta educacional.

“Como professor, busco sempre a inclusão de novas tecnologias no processo de ensino/aprendizagem. “Pokémon Go” desperta o interesse nas crianças e apresenta um mapa (como o Google Maps).”

Segundo o professor, ele usa o interesse e a motivação dos alunos, que têm 8 e 9 anos, com o game para ensinar sobre mapas e legendas. “Uso o game a meu favor na educação, já que eles gostam de novidades, ficam intertidos e ainda aprendem. Antes de sairmos às ruas dei dicas e orientações de cuidados para jogarem.”

Ferreira diz que “Pokémon Go” é um game social geográfico e é preciso cuidados para jogar com segurança. “Os alunos foram orientados, por exemplo, a sempre jogarem em grupo ou com um adulto, a não atravessarem a rua olhando para o celular e a não pularem muros”, afirma. Outra recomendação repassada pelo professor foi para não jogarem à noite ou perto de locais perigosos, com pouca iluminação ou próximos a rios e córregos.

Alunos e professor em aula prática com Pokémon Go (Foto: Divulgação)Alunos e professor em aula prática com
Pokémon Go (Foto: Divulgação)

O professor diz que com a pesquisa de campo, os alunos montaram seus mapas em sala de aula e criaram redações sobre os problemas sociais do bairro, já que andaram e conheceram melhor o local em que moram.

“Além disso, os alunos aprenderam com problemas matemáticos de soma e subtração com o peso e a altura dos pokémons e a história do bairro nos pokestops do game”, afirma.

Sobre a mania “Pokémon Go”, o docente alerta: “Este game é um fenômeno social. Nas praças, shoppings e parques há dezenas, centenas de pessoas jogando, mas tudo o que é demais é ruim. Seja jogar videogame, ler livros, ou usar a internet. Por isso, é preciso saber dosar as atividades.”

Ele afirma que cabe ao adulto orientar as crianças, sejam os pais ou os professores. “No meu caso, o que mais gosto no game é a possibilidade de sair de casa e explorar o ambiente, ensinar e aprender sobre a cidade e conhecer novos lugares e amigos”, diz.

Professor diz que analisou game para ensinar seus alunos a lerem e compreenderem mapas (Foto: Divulgação)Professor diz que analisou game para ensinar seus alunos a lerem e compreenderem mapas (Foto: Divulgação)
Leandro Ferreira com os alunos em sala de aula (Foto: Divulgação)Leandro Ferreira com os alunos em sala de aula (Foto: Divulgação)
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