O número de alunos transferidos das escolas particulares para a rede pública municipal de São Paulo quase dobrou no período de 2 anos. O aumento ocorre devido
Redação Publicado em 04/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h09
O número de alunos transferidos das escolas particulares para a rede pública municipal de São Paulo quase dobrou no período de 2 anos. O aumento ocorre devido à crise financeira provocada pela pandemia de coronavírus.
De acordo com a Secretaria Municipal da Educação, em 2019, 6.139 alunos foram transferidos das escolas privadas para as municipais. Em 2020, 8.448 estudantes. E, em 2021, foram 11.399 transferências entre janeiro e agosto.
Secretaria Municipal da Educação, Fernando Padula, apesar do aumento expressivo, havia vagas disponível para atender a demanda de novos alunos.
“É um crescimento muito grande, nos últimos dois anos, praticamente dobrou de 6 mil para 11 mil alunos que foram incorporados na rede municipal de ensino, mas havia vagas sim, não foi preciso ampliar o número de vagas para atender esses bebês, crianças e jovens.”
Padula diz que há espaço pra todos os estudantes mesmo quando o retorno de 100% dos alunos presenciais for obrigatória.
“A gente não matricula aluno contando com o ensino remoto, a gente matricula aluno de acordo com a capacidade física da sala de aula. Portanto, no momento em que o governo do estado ou o Centro de Contingência autorizarem o retorno total todos terão a sua carteira e poderão assistir às aulas tranquilamente”, afirmou.
De acordo com a Prefeitura de São Paulo, 80% dos alunos da rede municipal retornaram às aulas presenciais. Nas creches, 90% dos alunos já voltaram. As aulas presenciais ainda não são obrigatórias, já que as escolas precisam ter capacidade física para receber os alunos com distanciamento mínimo de 1 metro entre as carteiras, ou seja, 60% em uma sala com 35 alunos. Por isso, o sistema de revezamento ou rodízio dos alunos é adotado.
Segundo o secretário municipal da Educação, ainda não é possível o retorno dos alunos 100% presenciais nas escolas da rede devido a falta de espaço físico.
“Com 1 metro de distância não é permitido o retorno de 100%, então, primeiro que haja pela Saúde uma segurança e orientação para o retorno sem esse distanciamento, então, podendo caber todos [alunos] todos os dias e, depois a obrigatoriedade.
Um ano após o início das aulas on-line, a Prefeitura de São Paulo diz que entregou 94% dos tablets prometidos para os alunos da rede municipal, mas estudantes relatam dificuldades em usar os equipamentos porque eles não funcionam ou por falta de internet.
Dos 465 mil tablets prometidos para os alunos acompanharem as aulas remotamente durante a pandemia, 439 mil foram entregues. Mas, segundo a Secretaria da Educação, todos os tablets prometidos estão disponíveis e os alunos devem retirar os equipamentos.
Outros 40 mil tablets vão ficar nas escolas para auxiliar o aprendizado em sala de aula. Ao todo, 505 equipamentos foram adquiridos.
Os equipamentos devem ser devolvidos pelos alunos apenas no fim do ciclo de ensino.
Os tablets foram adquiridos em agosto do ano passado, três meses após o retorno das aulas interrompidas durante a quarentena.
Os aparelhos foram comprados no ano passado pelo valor de R$ 300 milhões e tinham a primeira previsão de entrega para outubro de 2020, o que não se concretizou por causa de problemas na fase de licitação e compra de chips
De acordo com a pasta, cerca de 2% dos alunos estão evadidos. No entanto, a presença em salas de aula ainda não é obrigatória e 20% dos pais optaram em não enviar os filhos mesmo já sendo permitido no sistema de rodízio.
“A gente nota uma presença muito maior dos alunos nas atividades das escolas . Àqueles alunos que ainda não buscaram coincide com o índice de evasão. Obviamente como os equipamentos que nós compramos em casa podem dar problemas e nós encaminhamos para o fabricante que tem a obrigação de trocar e disponibilizar novamente para as famílias e os alunos”, disse Padula.
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G1
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